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Justiça de Joinville determina pagamento de R$ 5,4 milhões a 600 antigos trabalhadores da Metalúrgica Duque
Valor será pago na próxima segunda-feira
A Justiça de Joinville determinou que na próxima segunda-feira, 19, seja realizado o pagamento de R$ 5,4 milhões para cerca de 600 ex-funcionários da metalúrgica Duque, falida em 2019.
A quantia será destinada, primeiramente, para a empresa que realiza a administração judicial do processo, que fará, posteriormente, o rateio do valor para todos os envolvidos.
A maior parte dessa classe de credores (trabalhistas extraconcursais), definida por lei como prioritária na ordem de pagamentos, vai receber a segunda parcela da dívida. O primeiro pagamento ocorreu em maio de 2022.
“Os trabalhadores extraconcursais são aqueles que estiveram vinculados à empresa no período da recuperação judicial”, explica Agenor Daufenbach Júnior, da empresa designada para a função de administradora judicial da massa falida da Duque.
No primeiro semestre, o montante de pagamentos a ex-trabalhadores foi de cerca de R$ 20 milhões. “O rateio previu que cada credor recebesse 31% do que tem a receber. Nessa segunda fase, vamos encaminhar mais 7,5%. A decisão da magistrada também contempla o pagamento credores que se apresentaram após o edital e acabaram perdendo o rateio da primeira fase”, complementa Daufenbach.
Os montantes alcançados para viabilizar os pagamentos a antigos credores da Duque foi arrecadado por meio de leilões de bens da empresa, como imóveis, veículos e maquinários. A previsão no longo prazo é chegar a mais de R$ 50 milhões arrecadados.
“Boa parte dos lotes leiloados estão sendo pagos de forma parcelada e, ao longo do tempo, estamos trabalhando para agilizar os processos a fim de que todos possam receber o que está previsto na devida ordem legal de recebimento”, aponta o administrador judicial.
Falência
Decretada em 2019, após um período de cinco anos atuando sob o regime de recuperação judicial, a falência da Metalúrgica Duque está relacionada a uma dívida superior a R$ 450 milhões, o que faz deste, um dos maiores processos de falência da história do poder judiciário de Santa Catarina.
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