Justiça determina desocupação do terreno do Aviação FC, de Joinville
Clube foi orientado a remover pertences para evitar desocupação forçada
Clube foi orientado a remover pertences para evitar desocupação forçada
A Justiça Federal determinou o prosseguimento da ordem de reintegração de posse do terreno do Aviação Futebol Clube, de Joinville. O processo foi movido pela Concessionária do Bloco Sul e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O juiz Paulo Cristovão de Araújo Silva Filho determinou na quarta-feira, 6, prosseguimento ao cumprimento da ordem determinada no mandado, com a desocupação forçada, se for o caso.
A oficiala de Justiça comunicou o clube. “Com o objetivo de facilitar o processo e evitar transtornos, como a necessidade de desocupação forçada com apoio policial, recomendo que os pertences existentes no imóvel sejam retirados durante o final de semana. Essa medida visa garantir uma transição mais tranquila para todas as partes envolvidas”, diz.
Em dezembro de 2023, o Aviação recebeu uma ordem de despejo da empresa que passou a administrar o terreno no bairro Vila Cubatão — ao lado do aeroporto de Joinville. O espaço é ocupado desde a fundação. A decisão colocou a existência do time em risco e o sonho de muitos que desejam jogar futebol.
O local abriga o time amador, que existe há mais de sete décadas e disputa a Liga Joinvilense, e a sede do Ecuador Futebol 7.
O espaço de 25 mil metros quadrados era utilizado pela instituição com permissão de uso, já que o local era da prefeitura. Nesta modalidade, a cada 20 anos a licença precisava ser renovada. Desde 2015 o espaço foi doado para a União e mesmo assim, o Aviação continuou utilizando o campo.
Porém, a área foi inserida no leilão do aeroporto e, em 2021, a empresa que venceu passou a ser a administradora e solicitou, segundo os integrantes dos clubes, um pagamento mensal de R$ 96 mil de aluguel e mais R$ 9,6 mil de condomínio. Como o clube não tem condições, pediu ajuda e mobilizou autoridades locais.
Nelson de Oliveira Cercal, presidente do Aviação, informou que já recebeu a intimação e acionou o advogado do clube para tentar embargar a decisão. “Estamos na torcida para derrubar isso. É triste porque a gente fez muito pelo clube, que é tradicional na cidade e tem quase 80 anos. Nossos deputados e prefeito não estão ‘nem aí’. Estamos no aguardo de um retorno”, lamentou.
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