Justiça nega pedido para troca de local do julgamento da acusada de matar grávida em Canelinha

Defesa alegava imparcialidade

Justiça nega pedido para troca de local do julgamento da acusada de matar grávida em Canelinha

Defesa alegava imparcialidade

Redação O Município Joinville

No final de setembro deste ano, a defesa de Rozalba Grime pediu a mudança do julgamento para a comarca de Florianópolis. A alegação da defesa da assassina da grávida de Canelinha era de que o júri popular na Comarca de Tijucas seria imparcial. Mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça.

No pedido feito, a defesa apresentou dois argumentos. Falta de imparcialidade e risco à integridade física e moral da custodiada. Para sustentar, foram apresentados comentários pejorativos feitos em uma notícia de veículo de repercussão estadual. Na visão do Tribunal de Justiça, as provas relacionadas não são suficientes para a mudança de comarca.

A Justiça alegou que o crime ocorreu em uma cidade de cerca de 13 mil habitantes, mas o julgamento irá ocorrer em cidade vizinha. Com isso, o júri será composto por moradores de Tijucas, e não Canelinha, onde ocorreu o crime.

Quanto a insegurança, a defesa relembrou que Rozalba precisou ser transferida de presídio devido represálias e ameaças. Porém os registros da Justiça demonstram uma situação diferente. A sua mudança ocorreu junto com todas as outras presas porque o presídio deixou de ser misto. Na situação, ainda, ela escreveu um bilhete pedindo para permanecer em Tijucas. Além disso, não foi anexado nenhum registro de ameaça feito para Rozalba no período em que esteve no Presídio de Tijucas.

Ainda sobre a insegurança, a defesa supôs que a Comarca de Tijucas não seria o ambiente adequado, visto que familiares da vítima poderão participar do julgamento. Mas a Justiça destacou que a sessão será fechada ao público e somente dois familiares, de cada envolvido, poderá participar.

O Tribunal também destacou que a segurança necessária para o julgamento foi devidamente requisitada ao Comando da Polícia Militar de Santa Catarina. Serão disponibilizados policiais suficientes para garantir a segurança e ordem na sessão.

O julgamento será realizado no dia 24 de novembro, na Comarca de Tijucas.

O caso

Flávia foi encontrada morta no dia 28 de agosto de 2020. Ela era moradora do bairro Cobre, em Canelinha, e estava grávida de 36 semanas. O corpo foi localizado no bairro Galera.

De acordo com a Polícia Civil, Rozalba confessou que matou a vítima com golpes de tijolo na cabeça. No depoimento, a assassina afirmou ter usado um estilete para retirar o bebê do útero da gestante.

Segundo o delegado, Rozalba admitiu ter contado à vítima que haveria um chá de bebê como forma de atraí-la. Flávia tinha saído de carona para o evento. O crime ganhou destaque nacional e chegou a ser noticiado no programa Fantástico, da TV Globo.


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