Kennedy Nunes deixa PSD, se filia ao PTB e deve se candidatar a senador em 2022
Entre os motivos estão desacordos com a antiga sigla e proximidade do atual partido com o presidente Jair Bolsonaro
Entre os motivos estão desacordos com a antiga sigla e proximidade do atual partido com o presidente Jair Bolsonaro
Após 10 anos filiado ao Partido Social Democrático (PSD-SC), o deputado estadual Kennedy Nunes anunciou filiação ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB-SC). A mudança é acompanhada por dois motivos: desacordo com o antigo partido e desejo de alcançar o Senado Federal em 2022.
Kennedy afirma que se tornou impossível permanecer no PSD após um acordo do partido com o governador Carlos Moisés (PSL-SC). “Não posso ficar no partido que apoia o Moisés”, diz. O motivo da crítica está relacionado ao caso da compra de respiradores durante a pandemia da Covid-19.
No dia 7 de maio, Moisés foi absolvido do processo de Impeachment sobre a denúncia de crime de responsabilidade envolvendo a compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões, com dispensa de licitação, que seriam utilizados em pacientes infectados pela doença. Kennedy, porém, não concorda com a decisão.
O político joinvilense também cita que o PTB, após uma mudança no estatuto, em 2019, está mais alinhado às pautas que ele valoriza, como ser “contra o aborto, ideologia de gênero e defender o porte de arma ao cidadão”.
No evento de filiação, estiveram presentes políticos como o senador Jorginho Mello (PTB-SC) e o presidente da sigla, Roberto Jefferson.
A segunda motivação para Kennedy migrar para o PTB é o desejo de se tornar senador em 2022. O atual deputado estadual explica que a decisão faz parte de um desafio nacional proposto pelo seu novo partido.
Ele destaca que o PTB deseja eleger dez políticos, todos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no ano que vem. “Vamos contrapor Renan Calheiros (MDB) e o Supremo Tribunal Federal (STF)”, pontua.
Kennedy ressalta que deve focar apenas na vaga para Brasília, sem pensar em concorrer para governador de Santa Catarina, por exemplo. Ele complementa dizendo que o partido deve nomear o atual senador Jorginho Mello (PL) para disputar o principal cargo da política catarinense.
Ao anunciar a filiação ao PTB, Kennedy Nunes destacou o apoio do partido a Bolsonaro, afirmando que a sigla é a única, de fato, “fechada” com o presidente da república.
O deputado estadual afirma que o atual partido pode nomear, inclusive, um nome para ser vice-presidente de Bolsonaro em 2022, além de dizer que o atual vice, Hamilton Mourão, deve se candidatar a senador nas eleições nacionais do ano que vem.
Kennedy ainda diz que Bolsonaro pode se filiar e disputar a reeleição presidencial pelo PTB. “Existe a chance, sim. Estão sendo feitas conversas”, finaliza.
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