Lei que delimita faixas marginais de cursos d’água na área urbana de Joinville é sancionada

Documento foi assinado na Galeria dos Prefeitos

Lei que delimita faixas marginais de cursos d’água na área urbana de Joinville é sancionada

Documento foi assinado na Galeria dos Prefeitos

Yasmim Eble

Foi sancionada nesta terça-feira, 12, a lei complementar que estabelece a flexibilização nas diretrizes que delimitam as faixas marginais de cursos d’água nas áreas urbanas consolidadas de Joinville.

O documento foi assinado na Galeria dos Prefeitos, na sede da Prefeitura de Joinville. Na prática, a nova proposta estabelece que, para cada trecho de margem, será realizado um diagnóstico socioambiental.

Prefeito Adriano Silva assinando a Lei, que passa a valer a partir desta terça-feira, 12. | Crédito: Yasmim Eble/O Município Joinville

Esse estudo poderá detectar se a área solicitada é consolidada, ou seja, se a área já recebeu ação humana, caracterizando perda da função da área de preservação ambiental. O diagnóstico foi elaborado pelo município para averiguar a admissibilidade das construções.

O projeto de lei complementar dá autonomia ao município. Para o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), a cidade é prejudicada pela geografia. “Nós temos uma cidade única, com 350 microbacias dentro da área urbana. E centenas de rios que cortam a sua área. Com essa lei, podemos ter um desenvolvimento econômico e sustentável da cidade”, opina.

Estudos técnicos

Já para o secretário de Agricultura e Meio Ambiente (Sama), Fábio João Jovita, a lei vem para dar mais segurança jurídica através de um estudo técnico. “Esse estudo vem para discutir uma questão técnica e não mais uma questão jurídica. Ela beneficia toda a municipalidade dentro da área urbana consolidada”, relata. 

Segundo o secretário, em Joinville há mais de 350 processos suspensos por conta da questão. “Com a aprovação e os estudos de microbacia sendo iniciados, a gente começa a destravar esses processos e gerar desenvolvimento na cidade”, completa. Os processos estavam travados desde abril de 2021, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicou o Tema 1010.

O tema definia o tamanho da área que deve ser preservada às margens de cursos d’água em área urbana consolidada. A Sama decidiu suspender o curso de todos os processos no município, gerando o acúmulo. A partir deste mês, foi criado um grupo de trabalho e foi desenvolvida a metodologia.

Conforme relatado pelo secretário, Joinville tem uma característica peculiar, pois está em cima de uma grande bacia hidrográfica, com centenas de rios e nascentes ao entorno da cidade. “A lei e o diagnóstico visam garantir o meio ambiente preservado para as presentes e futuras gerações, mas sem barrar o desenvolvimento e avanço da cidade”, finaliza.

O que muda?

De forma simples, segundo o secretário da Sama, o que irá mudar será dentro da área urbana. “Nós teremos um maior desenvolvimento, a partir do momento que houver flexibilização. A gente pode possibilitar o maior aproveitamento do imóvel particular e exercer o direito de propriedade ao proprietário”, relata.

Após o estudo diagnosticar a área como perda de função, será realizada a integração daquele corpo hídrico na rede de drenagem urbana. Quando a área passa a integrar a drenagem, é possível flexibilizar para cinco metros para micro drenagens e 15 metros para macrodrenagens. Os corpos hídricos que não são constatados como perda de função continuarão sendo respeitados os 30 metros ou mais.


Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município Joinville. Clique na opção preferida:

WhatsApp | Telegram


• Aproveite e inscreva-se no canal do YouTube

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo