Levi fala sobre “prefeitura itinerante”, construção de quatro UPAs e creches domiciliares

Décimo segundo candidato da sabatina com os concorrentes a prefeito foi entrevistado pelo jornal O Município Joinville nesta sexta-feira, 30

Levi fala sobre “prefeitura itinerante”, construção de quatro UPAs e creches domiciliares

Décimo segundo candidato da sabatina com os concorrentes a prefeito foi entrevistado pelo jornal O Município Joinville nesta sexta-feira, 30

Naturalidade: Joinville
Profissão: Vendedor pracista
Grau de instrução: Ensino superior completo
Número na urna: 27

Confira o perfil completo de Levi Rioschi

Levi Rioschi é o décimo segundo entrevistado da série de sabatinas ao vivo do jornal O Município Joinville que conversará, até 6 de novembro, com todos os 15 candidatos a prefeito da cidade.

Formado em Gestão Pública, Levi realiza trabalhos voluntários há 25 anos e começou a sua atuação política dentro das instâncias participativas da comunidade. Em 2013, foi eleito vereador, quando se tornou um dos dez parlamentares mais votados da cidade.

Esta é a primeira vez que concorre ao cargo de prefeito. A candidatura, em chapa pura, conta com a vice Simone Rietter.

Durante a transmissão, Levi falou sobre seu projeto prefeitura itinerante, onde pretende, caso eleito, sair de seu gabinete e ocupar espaços públicos a fim de ouvir mais os moradores da cidade e suas demandas.

Também citou a construção de quatro Unidades de Pronto Atendimento a fim de aumentar a oferta no serviço de saúde pública municipal e atender as regiões de maior necessidade.

Durante a transmissão, defendeu o seu projeto creches domiciliares, que pretende, em parceria do município com a população, capacitar profissionais para atender a demanda no ensino público.

Além disso, falou sobre sua relação atual com prefeito Udo Dohler, ao qual já fez parte da base eleitoral do governo, e explicou os motivos para o rompimento com a atual gestão.

Assista a entrevista na íntegra: 

Prefeitura itinerante

Um dos principais projetos de seu governo é o da prefeitura itinerante. A ideia, explica Levi, é que o prefeito saia de seu gabinete e passe a frequentar espaços públicos, junto a seus secretários, a fim de ouvir as demandas da população.

“O prefeito literalmente deixa a sua cadeira na prefeitura, aquele gabinete que às vezes as pessoas têm até um certo receio. Eu posso imaginar quantos joinvilenses conhecem o gabinete de um prefeito. Alguns têm até uma certa timidez ou dificuldade de chegar até lá. Quem é que chega no gabinete do prefeito? São talvez pessoas que tenham muita influência na cidade e olhe lá”, critica.

O candidato cita as subprefeituras como um dos espaços que podem ser ocupados pelo prefeito, junto a seus secretários, para cobrar metas para espaços dos serviços que são prestados à população.

“Tem dois grandes e graves problemas na nossa cidade que são as necessidades básicas do cidadão não serem atendidas e ele não ter com quem conversar. Não tem uma porta aberta, precisa estar envolvendo terceiros até chegar em uma secretaria ou ao conhecimetno do prefeito para que obras sejam realizadas, e nem estamos falando de obras faraônicas”, diz.

Levi afirma que, muitas vezes, a população acaba “praticamente se humilhando” para pedir melhorias em seus bairros, como limpeza de boca de lobo, melhorias na via, sinalização e escolas e não é atendida.

“Então eu defendo a prefeitura itinerante que é pra isso, o prefeito e a prefeitura têm que estar onde o povo está”, defende.

Construção de quatro Upas

Em seu plano de governo, Levi cita como metas para a Saúde a valorização do servidor público, aquisição de mais equipamentos e, principalmente, a criação de quatro novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Questionado sobre os recursos para a implementação do projeto, respondeu que “se toda vida que o gestor público tiver que construir ou realizar uma obra, ficar pestanejando de onde vem o recurso, ele vai ficar pensando todo seu mandato”.

Para ele, é preciso ter ação e, com trânsito livre em Brasília, que afirma ter, e como ex-presidente da Comissão de Saúde do município, pensa que, se o poder público chegar a um limite de não ter condições para construir essas UPAs, a alternativa seria “quem sabe” parcerias com a iniciativa privada.

“Mas o prefeito tem que pegar os projetos e bater na porta do Ministério da Saúde, conversar com deputados, conversar com senadores. Dialogar, reunir o grupo técnico, fazer bons projetos. Tenho por certo que com vontade política e com tomada de atitude é possível, sim, a realização da construção dessas UPAs, porque Joinville precisa”, enfatizou.

Levi defende que a criação dessas unidades de Saúde ajudaria a desafogar os hospitais e Pronto Atendimentos da cidade. Ele prometeu brigar por recursos e afirma que ser preciso melhorar a forma que o sistema está sendo operado, onde a procura é maior que a oferta.

Questionado sobre onde implementaria as novas UPAs, disse ser necessário verificar as demandas, sem citar bairros específicos. “Eu tenho percorrido os quatro cantos da cidade e não vamos aqui fazer nomeação de norte, sul, leste ou oeste, mas a zona sul sempre foi muito carente, sempre foi tido como o quarto da bagunça por muitos políticos há muitos anos. Penso que, se são quatro, no mínimo uma em cada região da cidade”, explica.

Creches domiciliares

O projeto de creches domiciliares também está pautado no plano de Governo de Levi. Ele explica que a ideia é fazer uma parceria entre a prefeitura e profissionais que se habilitam a realizar o serviço.

“Claro que passando por um treinamento, a condição do ambiente também tem que ser plena e segura para que a criança possa estar ali. Mas é uma alternativa para se diminuir o déficit de vagas em CEIs”, defendeu, sem dar muitos detalhes.

Outra proposta para os pais que precisam trabalhar e não têm onde deixar os seus filhos é a construção de novos Centros de Educação Infantil em toda cidade, que funcionarão em tempo integral.

“Se até agora não foi tomado nenhuma atitude, nós tomaremos essa atitude porque geralmente as mães precisam deixar os seus filhos em busca de trabalho e não encontram uma solução. O prefeito tem que ter uma alternativa”, frisa.

Levi também cita a compra de vagas em CEIs particulares “dentro da lei e da ordem” para diminuir “ou quem sabe zerar” o déficit de vagas no ensino infantil em Joinville.

“Existem alguns candidatos falando em economicidade, mas a atual gestão economizou tanto que deixou a cidade em um deserto, um caos. Eles economizaram talvez para o povo, acho que outros lucraram. Se for o caso de comprar as vagas, para que o contribuinte possa ter a sua necessidade atendida, nós faremos com certeza”, prometeu.

Rompimento com Udo

Quando foi vereador em 2013, Levi fazia parte da base eleitoral do atual prefeito Udo Döhler. Atualmente, tem adotado um tom crítico com relação à atual gestão.

Falando de forma objetiva, explicou que um dos motivos para assumir esta postura foi a forma que a gestão escolheu governar, sem contemplar as necessidades da população.

“As promessas que haviam sido feitas não estavam sendo cumpridas, uma delas que quero citar é a pavimentação”, afirma.

Levi Rioschi afirma que o prefeito Udo chegou a chamá-lo em seu gabinete para debater o tema de pavimentação comunitária, porém, o projeto nunca saiu do papel.

“Como é que eu posso chegar na base e defender uma gestão que não cumpre o que diz? Por isso que eu rompi e faria tudo de volta. Rompi porque nossa aliança é e sempre será com o povo joinvilense”, defendeu.

Durante a transmissão, Levi também criticou o abandono na zeladoria da cidade, em especial com relação às obras do rio Mathias, “que arrebentou não somente  a estética da cidade, mas ela destruiu sonhos”. Ele defendeu a criação de uma auditoria pública para investigar os gastos com a obra e “responsabilizar criminalmente se houve desvio de conduta” na execução da obra.

Levi também citou seu envolvimento com associações de moradores, enfatizou seu conhecimento em gestão pública e disse que sua candidatura se baseia no parágrafo primeiro da Constituição Federal, que diz: “todo poder emana do povo”.


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