Lojistas reclamam de falta de vagas e fiscalização no estacionamento rotativo em Joinville
Novo modelo deverá ser implementado em Joinville
Novo modelo deverá ser implementado em Joinville
A Prefeitura de Joinville está realizando estudos, por meio do Departamento de Trânsito (Detrans), para atualizações no estacionamento rotativo em Joinville. O modelo atual não agrada alguns dos lojistas da cidade, que reclamam de falta de vagas e sinalização.
Para a atendente da livraria Alvim, a reclamação de clientes é constante sobre os estacionamentos rotativos da rua Orestes Guimarães, no bairro Centro. “Tem clientes que dão voltas e voltas até achar uma vaga, pois quem estaciona fica mais do que o tempo permitido e sem o pisca alerta ligado”, conta.
As placas de sinalização, por exemplo, foram colocadas no local há apenas um ano e meio. “Conseguimos depois de pedir muito, pois sem as placas, a situação era ainda pior. Principalmente porque é muito difícil ter fiscalização aqui”, completa.
Contatada pela reportagem do jornal O Município Joinville, a Prefeitura de Joinville se manifestou por meio de nota. O que tende a mudar é a forma de fiscalização. “Deverá passar a ser feita com equipamentos eletrônicos móveis, com câmeras fazendo a leitura das placas dos veículos”, relata a nota.
Estudos e visitas estão sendo realizados em cidades para avaliar outros modelos que poderão ser adotados no futuro na cidade. Atualmente, a fiscalização do estacionamento é feita pelos Agentes de Trânsito, de forma presencial.
Uma lojista de cosméticos e perfumes, na rua do Príncipe, reclama da falta de mais vagas na região. “Há fiscalização, não podemos reclamar, mas ainda é difícil para os clientes encontrarem locais para estacionar. Teria que, talvez, colocar mais vagas gratuitas aqui”, conta a atendente.
Já para Carlos, atendente de uma papelaria localizada na rua XV de Novembro, a maior reclamação dos clientes é pela falta de sinalização. “Alguns já foram multados por estacionar em local errado, mas que não tinha uma boa fiscalização”, conta.
O joinvilense acrescenta que a situação acarreta na perda de clientes, já que a falta de vagas acaba fazendo a pessoa não ir até a loja. “Acredito que cobrar R$ 2 ou R$ 3 já resolveria o problema da rotatividade e para que os clientes venham a loja”, relata.
Já a proprietária de uma padaria na rua Dona Francisca, conta que por ter um estacionamento próprio, não sofre com a perda de clientes. No entanto, entende a necessidade de rotatividade no local. “Sempre vemos fiscais pela região, então não tenho reclamações, mas mais lugares melhoraria a situação dos colegas comerciantes”, completa.
Joinville oferece 907 vagas de estacionamento rotativo nas áreas centrais. Funcionando das 8h30 às 18h30 de segunda a sexta-feira, e das 8h às 13h, aos sábados. Nas ruas sinalizadas, o usuário tem o direito a manter o carro na vaga uma vez por dia, durante duas horas, de forma gratuita.
O não cumprimento da norma é penalizado como infração grave, com a perda de cinco pontos na CNH e uma multa no valor de R$ 195,23. O veículo também pode ser guinchado. O atual modelo de estacionamento rotativo, gratuito, foi implantado em 2019.
“Caso o motorista ultrapasse o tempo-limite de 2 horas gratuitas, pode ser multado. Percebemos que existe pouca fiscalização”, diz o presidente da Câmara de Dirigentes Lojitas (CDL), José Manoel Ramos.
Segundo ele, com as obras do Rio Mathias e outras intervenções no Centro, o número de vagas diminuiu, o que dificulta para os clientes encontrarem vagas com facilidade.
“Em determinados horários e dias do mês fica difícil encontrar onde estacionar. Esperamos que, em breve, a prefeitura apresente um sistema mais eficiente e com novas tecnologias que seja bom para os usuários e também para o comércio”, completa.
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