Luz Vermelha: página relembra trajetória de criminoso joinvilense que aterrorizou São Paulo nos anos 60

João Acácio Pereira da Costa, o Bandido da Luz Vermelha, foi condenado a mais de 300 anos de prisão

Luz Vermelha: página relembra trajetória de criminoso joinvilense que aterrorizou São Paulo nos anos 60

João Acácio Pereira da Costa, o Bandido da Luz Vermelha, foi condenado a mais de 300 anos de prisão

Thiago Facchini

Acusado de quatro assassinatos, sete tentativas de homicídio, 77 assaltos e suspeito de diversos estupros, João Acácio Pereira da Costa, o Bandido da Luz Vermelha, como era conhecido, foi um criminoso joinvilense que aterrorizou São Paulo na década de 1960.

A página Crimes Reais, no Twitter, perfil que aborda casos notórios de crimes que ganharam repercussão no Brasil e no mundo, relembrou a trajetória de Luz Vermelha, que foi morto a tiros no dia 5 de janeiro de 1998, aos 55 anos. A publicação foi divulgada nesta segunda-feira, 30.

Vindo de uma família pobre formada por quatro irmãos, a mãe de João deixou o filho, que anos depois se tornaria um criminoso conhecido nacionalmente, morando com o pai e seu irmão mais velho, Joaquim Tavares Pereira.

João e Joaquim passaram por diversas dificuldades na infância, com uma série de abusos e violências sofridas. Quando João tinha 6 anos, o pai morreu e os irmãos passaram a morar com o tio, local em que os abusos persistiram.

Decididos a mudar de vida, os dois fugiram de casa e começaram a cometer pequenos furtos para se sustentar. Joaquim foi para o juizado de menores e, no futuro, se tornou agente de saúde. Já João seguiu o caminho oposto e entrou para o crime de fato.

Aos 18 anos, João saiu de Joinville e foi morar em São Paulo. Nos anos seguintes, passou a aterrorizar moradores de casas de luxo na capital paulista. Ele cometeu diversos furtos e roubos e possuía cúmplices, como um motorista de táxi que dava fuga e pessoas que vendiam o material roubado.

Em um dos casos, João, àquela altura já conhecido como Bandido da Luz Vermelha, apelido que ganhou em referência ao criminoso estadunidense Caryl Chessman, invadiu uma casa e foi surpreendido por um morador com uma espingarda, fingiu estar embriagado e reagiu, fazendo sua primeira vítima fatal.

Ele cometeu, em seguida, mais três homicídios. Apesar de ser suspeito de estupros, a acusação nunca foi comprovada. Ele chegou a sair na capa do jornal Folha de São Paulo como procurado pela polícia. No dia 7 de agosto de 1967, foi preso e confessou os quatro assassinatos.

Em 1970, foi condenado a 351 anos de prisão por quatro homicídios, sete tentativas de homicídio e 77 assaltos. Por causa da legislação vigente à época, cumpriu 30 anos da pena e deixou a prisão.

Volta a Joinville

Joaquim, seu irmão, ofereceu moradia, mas João voltou a morar em Joinville. Após brigar com os familiares na cidade, foi expulso de casa pelo primo e acolhido pela família do pescador Nelson Pinzegher.

A postura considerada agressiva de João irritou Nelson. Em uma briga de João com Lírio, irmão do pescador, em que o criminoso o ameaçou com uma faca após um desentendimento provocado por um suposto assédio sexual que João teria cometido, Nelson atirou em João, que morreu em Joinville após quatro meses da saída da prisão.

Confira a publicação completa:


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