Mães reivindicam na Câmara melhorias no atendimento especializado ao autismo em Joinville

Mulheres relataram que há demora para iniciação dos acompanhamentos

Mães reivindicam na Câmara melhorias no atendimento especializado ao autismo em Joinville

Mulheres relataram que há demora para iniciação dos acompanhamentos

Redação O Município Joinville

O atendimento a pessoas com autismo foi o assunto da reunião da Comissão de Saúde desta semana. Mães de pacientes foram até a Câmara de Vereadores de Joinville para reivindicar a melhora no atendimento especializado.

As mulheres relataram que o tempo de espera pelo início do acompanhamento é grande e que os atendimentos só têm sido feitos com pacientes de até seis anos, exceto em casos mais graves.

Para a mãe de criança com autismo Roseane Leite, se o atendimento é interrompido, a criança pode ter retrocessos em seu tratamento. O vereador Cassiano Ucker (Cidadania) opinou que não se pode abandonar os pacientes após uma certa idade, tendo em vista que o transtorno do espectro autista não tem cura.

Vania Schimerski, também mãe de um paciente, afirmou que o Naipe chega a ser insalubre, porque, apesar dos esforços dos profissionais de saúde, não têm estrutura para atender os pacientes.

Vania também relatou que as famílias têm dificuldades de deslocamento até o Naipe. Outra mãe de paciente, Viviane de Souza opinou que o atendimento para pacientes com autismo precisa de ajustes.

Maurício Peixer (PL) relatou que, em encontro realizado anteriormente com o Núcleo de Atenção Integral à Pessoa com Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro do Autismo (Naipe), foi identificado a necessidade de investimentos para atender os pacientes.

Sobre a questão da idade, a coordenadora do Naipe, Gislaine Batista, explicou que os protocolos de atendimento do Ministério da Saúde priorizam o atendimento de 0 a 3 anos, porque é necessário garantir a estimulação precoce. Após isso, o atendimento até os seis anos também é feito, mas muitas vezes depende da capacidade da unidade de saúde.

Segundo Gislaine, há cadastramento para instituições que tenham interesse em atender pacientes com autismo acima de seis anos, que a rede pública não consegue atender, mas em Joinville não há instituições que se enquadrem.

De acordo com a coordenadora, o Naipe tem uma equipe de 40 profissionais, quantidade que não seria suficiente. Existe uma lista de espera de 126 pacientes esperando o primeiro atendimento e mais 479 esperando as terapias, que deveriam acontecer de modo contínuo, com atendimentos semanais.


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