Manifestação em apoio ao presidente Bolsonaro reúne 300 pessoas em Joinville, segundo a PM
Organizadores falam em 1.500 no movimento que teve protesto contra o Congresso
Organizadores falam em 1.500 no movimento que teve protesto contra o Congresso
“Sabe do que eu tenho medo? Não é do coronavírus, é de político corrupto”, diz Marlete Tavares, 60 anos, diarista. Ela estava na tarde deste domingo, 15, na Praça da Bandeira, no centro de Joinville, para se manifestar a favor do presidente Jair Bolsonaro.
Manifestações como esta foram chamadas em todo o país. Por aqui, a organização ficou por conta do Movimento Direita Joinville (MDJ) e das Mulheres de Direita Joinville. Caminhoneiros também participaram do ato e fizeram um “buzinaço” em apoio ao presidente.
A ação se concentrou apenas na praça. Entre falas de protesto, cantaram o hino nacional e fizeram uma oração. “O Estado pode ser laico, mas nosso presidente é cristão”, diz um dos organizadores.
Segundo a Polícia Militar, 300 pessoas estiveram no ato por volta das 15h30. Para Wilian Tonezi, 37, engenheiro civil e participante do MDJ, foram cerca de 1.500.
O ato quase foi cancelado por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), mas em votação feita pelo Facebook, os manifestantes optaram pelo não cancelamento.
Os amigos Paulo Vasconcellos, 58, recepcionista e Jucemar Luciano, 55, aposentado dizem que não cogitaram não vir ao ato. “Isso é coisa da China”, disse Vasconcellos, que acredita que o novo vírus tem ajudado o país oriental a melhorar a economia.
Ambos defendem que não tem político de estimação e que cobram pelo o que acham errado, assim como farão “caso Bolsonaro cometa erros.”
Para não sair da temática da manifestação verde e amarela, família do químico industrial Genecir da Silva, 49, preferiu confeccionar uma máscara com a bandeira do Brasil. Silva explica que toda prevenção é bem-vinda, mas que não iriam deixar de vir contribuir com o movimento.
“Se o poder emana de nós, temos que nos manifestar contra o que estão fazendo de errado, não nos representam mais os poderes”, diz Silva.
De acordo com Marlete, o Congresso não deixa o presidente trabalhar, “pois querem o poder para eles.”
Fernanda Haweroth, 37, secretaria e a amiga Talita Pereira, 38, auxiliar de dentista contam que vieram apoiar Bolsonaro, suas propostas e mostrar para a Câmara que quem manda não são eles.
Tonezi conta que a expectativa para o ato era boa, apesar do quase cancelamento. Para ele, se não fosse a questão do coronavírus, teria o dobro de manifestantes na praça.
Agora, eles irão acompanhar a repercussão do ato. “Se continuar a chantagem, voltamos pra rua”, conta Tonezi. Como exemplo, citou a derrubada, realizada pelo Congresso Nacional, ao veto presidencial do projeto de lei que aumenta o limite de renda per capita para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
No local, alguns manifestantes também estavam colhendo assinaturas de apoio à criação do partido Aliança Pelo Brasil.
Já tinham sido colhidas mais de 300 assinaturas quando as fichas acabaram. Algumas pessoas até deixaram o contato porque queriam registrar o apoio mesmo que fosse em outro momento.
Do trio elétrico presente no ato, uma das organizadoras conta que as assinaturas não são filiações, apenas um apoio para que o partido seja criado oficialmente.
Algumas pessoas já usavam camisetas da sigla, que também estavam sendo vendidas no local.