Margit Olsen recebe Medalha Dona Francisca; saiba como foi a cerimônia em Joinville
Solenidade foi realizada na Escola do Teatro Bolshoi
Inspiradora, elegante, prestativa, dedicada, batalhadora. Adjetivos não faltaram para descrever Margit Gern Olsen, homenageada na noite de segunda-feira, 18, com a outorga da Medalha do Mérito Princesa Dona Francisca. Neste ano, a maior honraria que Joinville pode conceder foi de reverência à figura feminina e à cultura joinvilense.
Como evento da programação dos 173 anos de Joinville, a solenidade foi realizada na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e teve a presença do prefeito Adriano Silva, da vice-prefeita Rejane Gambin e diversas autoridades. Amigos, familiares e personalidades do cenário artístico e cultural da cidade também prestigiaram a entrega da homenagem.
A homenagem
A Medalha do Mérito Princesa Dona Francisca foi instituída em dezembro de 1999, por meio de lei municipal, e é outorgada para pessoas ou entidades que engrandecem o nome da cidade em diversas áreas de atuação, colaborando de forma fundamental para o crescimento do município. No caso de Margit Olsen, o reconhecimento é em função da cooperação com a cena cultural joinvilense.
“Os próprios amigos e a área cultural a chamam de ‘dama da cultura e da arte de Joinville’. Ela participou da primeira reunião para concepção do Festival de Dança, onde atua até os dias de hoje. Participou também da Galeria de Arte Victor Kursancew, da Fundação Cultural. Enfim, são décadas de pura entrega para a cultura e arte joinvilense. Por isso ela é merecedora de toda essa homenagem”, afirma o prefeito Adriano Silva.
“Nunca esperava receber essa homenagem. Tanta emoção, tanta gente hoje aqui. É realmente fantástico. A vida é muito boa. Se você ama aquilo que faz, não tem empecilho. É você gostar daquilo que faz, esse é o segredo”, conta a homenageada.
Mais honrarias
Como forma de valorizar a atuação dedicada que Margit Olsen tem com a cultura da cidade, diversas instituições aproveitaram o evento para fazer reverência à homenageada. A família e amigos destacaram o exemplo de mulher, mãe e profissional.
“Essa homenagem é fruto de muito trabalho, dedicação e resiliência em prol da cultura de Joinville. Mas também de reflexão sobre como a cultura e arte transformam vidas, realizam sonhos. Como filho, fico honrado e agradecido”, afirma Carlos Roberto Olsen, filho de dona Margit.
Regina Luiza Olsen de Mello Barreto lembrou os 76 anos de amizade. “Sempre juntas. Minha amiga, você está recebendo o maior prêmio que um joinvilense pode receber e, sendo assim, eu como tua amiga, me sinto no dever de te dizer: Margit Gern Olsen, você se tornou hoje a dama da arte e da cultura joinvilense”.
A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil apresentou as coreografias de Kinder Polka; a Dança Francesa do Balé O Quebra Nozes; Águas Primaveris; a Dança Espanhola do Balé O Lago dos Cisnes; e o Adágio do Ballet Paquita. O pianista Fábio Oliveira apresentou as músicas Con Te Partirò, de Andrea Bocelli, e Todo o Sentimento, de Chico Buarque, que estão na lista das favoritas de dona Margit. Uma homenagem foi entregue pelo presidente da Escola, Valdir Steglich.
“Falar em arte e cultura em Joinville é lembrar da dona Margit pela sua influência e pelo seu trabalho ao longo dos anos”, descreve Steglich.
O secretário de Cultura e Turismo de Joinville, Guilherme Gassenferth, presenteou, em nome dos demais servidores da Secult, com uma obra de arte como forma de agradecimento pela dedicação com a cultura joinvilense.
Ely Diniz, presidente do Instituto Festival de Dança fez uma homenagem em nome da diretoria, conselheiros e equipe do Instituto lembrando a colaboração de Dona Margit desde a primeira edição do evento. O Instituto Festival de Dança também ofereceu um coquetel no encerramento do evento.
“Ela sempre esteve com a dança no Festival, no Bolshoi e participando de forma ativa na cultura de Joinville”, detalha Ely.
Também entregaram homenagens para Margit Olsen, a Sociedade Cultural Alemã, Instituto Cultura Brasil-Alemanha, Instituto Suíço de Joinville e Associação Empresarial de Joinville (Acij).
Trajetória na cultura
A joinvilense Margit Gern Olsen é uma das principais referências na área da cultura da cidade. Filha de bailarina, começou uma relação muito próxima com as artes por meio da dança quando, ainda criança, acompanhava a mãe em eventos.
Ao longo de sua vida, a dança sempre esteve presente. Margit Olsen integrou a organização do 1° Festival de Dança de Joinville, há mais de 40 anos, na época promovido pela Fundação Cultural de Joinville, Casa da Cultura e Escola Municipal de Ballet. No maior Festival de Dança do mundo ela segue trabalhando, agora como conselheira do Instituto Festival de Dança.
Além disso, há 14 anos, integra a equipe de gestão da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, atuando na área de Relações Institucionais.
A Casa da Cultura foi sua escola e também seu lar. Dona Margit, como é carinhosamente chamada, frequentou cursos de artes plásticas no mesmo local onde trabalhou por 15 anos.
Foi a primeira diretora e co-fundadora da Galeria de Arte Victor Kursancew, artista que foi seu professor. Por 12 anos, atuou como gestora na Fundação Cultural de Joinville.
Também participou da criação da galeria histórica do 62° Batalhão de Infantaria e do Museu do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville. Teve, ainda, efetiva participação na criação do Comitê Cidades Irmãs da Prefeitura de Joinville, do qual permanece atuante.
Aos 88 anos, segue dando sua colaboração para a área, integrando a diretoria do Instituto Suíço de Joinville, o Conselho Municipal de Turismo, o Instituto Luiz Henrique Schwanke, o Comitê Gestor do Sistema Municipal de Museus e o Grupo Barro em Expressão, um dos mais representativos em Santa Catarina na arte em cerâmica e porcelana.
Margit Gern Olsen é mãe de Luiz Roberto, Paulo Roberto e Carlos Roberto e avó de Lauro.
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