Polícia Civil/Divulgação
Médico condenado por estuprar paciente em UBS de Joinville tenta se esconder em sótão, mas é preso na Bahia
Criminoso chegou a concorrer ao cargo de vereador em Itabuna (BA) nas eleições de 2024 pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB)
Foi preso em Salvador (BA), na sexta-feira, 14, o médico Antonio Teobaldo Magalhães Andrade, de 68 anos, condenado por estuprar uma paciente dentro de um posto de saúde em Joinville em agosto de 2021. Ele era considerado foragido desde fevereiro deste ano, quando recebeu a sentença de 12 anos de prisão.
De acordo com a Polícia Civil, o médico foi encontrado em uma casa no bairro Caminho das Árvores e, ao notar a chegada dos agentes, tentou se esconder no sótão. Ele será transferido para Santa Catarina, onde cumprirá a pena em regime inicialmente fechado.
Relembre o caso
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), o médico psiquiatra se aproveitou da fragilidade da vítima, que procurou atendimento para tratar uma depressão.
A denúncia aponta que ele estuprou a mulher durante a consulta em agosto de 2021, na Unidade Básica de Saúde da Família Leonardo Schilickmann, no bairro Iririú. A vítima relata que foi abusada pelo médico e depois ameaçada. O médico teria dito que ela não poderia fugir dele.
Antonio foi preso dois meses após o crime, mas recorreu e passou a responder ao processo em liberdade. Em 2024, Antonio teve o registro profissional cassado em decisão do Pleno do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina.
Além do crime em Joinville, o homem foi condenado em primeira instância por estupro contra uma adolescente de 14 anos na Bahia, em 2010. Ele recorre alegando inocência.
No ano passado, Antonio chegou a se candidatar a vereador em Itabuna (BA), pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB). A Justiça Eleitoral anulou a candidatura dele após ser informada sobre a condenação por estupro.
Segundo as investigações da Polícia Civil, o médico adotava um padrão semelhante nos crimes cometidos nas cidades onde atuou. Conforme a polícia, ele coagia as vítimas e ameaçava divulgar seus dados pessoais caso fosse denunciado, um detalhe comum nas denúncias.
O nome da mulher não é revelado para preservar a identidade da vítima.
Colaborou: Brenda Pereira
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