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Médico é condenado por estupro de paciente em unidade de saúde do Iririú, em Joinville

Crime ocorreu em agosto de 2021 e acusado foi preso após dois meses

Médico é condenado por estupro de paciente em unidade de saúde do Iririú, em Joinville

Crime ocorreu em agosto de 2021 e acusado foi preso após dois meses

Fernanda Silva

Antonio Teobaldo Magalhães Andrade, médico preso acusado de ter estuprado uma paciente em uma unidade de saúde de Joinville foi condenado pelo crime. Segundo a acusação, uma mulher de 30 anos, paciente do posto de saúde do Iririú, foi estuprada enquanto fazia atendimento médico psiquiátrico. O crime aconteceu em agosto de 2021 e ele foi preso dois meses depois.

“Médico psiquiatra aproveitou-se da fragilidade da vítima, que procurou o atendimento de saúde municipal para tratar-se de uma depressão, e a estuprou durante a consulta”, afirma o Ministério Público (MP-SC), responsável pela denúncia contra o réu.

Na denúncia, o promotor de Justiça Germano Krause de Freitas alega que, enquanto a paciente fazia a consulta para tratar a depressão, o médico fez várias perguntas de ordem pessoal e abusou sexualmente da vítima no consultório, após trancar o recinto.

Ainda após o estupro, o psiquiatra teria se aproveitado da fragilidade emocional da paciente, e a ameaçou, dizendo que ela não poderia fugir nem adotar qualquer medida contra ele, pois ele teria os dados pessoais da vítima, o que a deixou com medo de que essas informações pudessem ser usadas para prejudicá-la ou causar mal à sua família.

Condenação

Antonio, de 64 anos, foi condenado há 12 anos , cinco meses e 10 dias de prisão pelo crime e pagamento de indenização por danos morais à vítima no valor de R$ 25 mil.

Além do crime cometido em Joinville, o homem é investigado pela prática do mesmo crime contra uma vítima de 14 anos, desta vez, no estado da Bahia. Segundo a Polícia Civil, outras mulheres joinvilenses também teriam sofrido o crime de estupro.

O médico foi preso preventivamente em 1º de outubro, no bairro Boa Vista. Apesar de ter alegado inocência, não resistiu à prisão. Atualmente, ele está preso na Penitenciária de Joinville e não poderá recorrer em liberdade. Ainda assim, a defesa pode tentar reverter a decisão judicial.

O advogado Leandro Gornicki Nunes diz que a defesa vai recorrer à decisão da Justiça. Segundo o advogado, será interposto o recurso de apelação buscando anulação da sentença por cerceamento de defesa e absolvição por ausência de provas.

Além disso, a defesa afirma que o caso não pode ser considerado como de vítima em vulnerabilidade. “Mesmo que o fato tivesse ocorrido – o que é negado com veemência pelo acusado -, não teria havido violência ou grave ameaça. Além disso, a vítima era plenamente capaz de resistir a qualquer iniciativa de cunho sexual, já que se trata de uma pessoa maior de idade, professora da rede pública de ensino, aprovada recentemente em concurso público e que sofria apenas de transtornos de ansiedade, conforme a prova existente nos autos. Em suma, não seria uma pessoa vulnerável, nos termos da lei”, alega.

O crime

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o modo como o médico cometia o crime era similar nas cidades em que ele atuou profissionalmente. Ele coagia as vítimas e ameaçava vazar os dados pessoais, caso fosse denunciado. Sendo um detalhes comum em todas as denúncias.

Na época, em agosto, ele também foi denunciado na Prefeitura de Joinville e foi exonerado, por meio da extinção do contrato, que era temporário.

*Notícia atualizada em 22/02 às 18:09 com o posicionamento da defesa do condenado.


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