“Melhor não, mas bora”: casal de Joinville cria camisetas com frases cotidianas e fatura R$ 3 milhões

Criado no isolamento da pandemia, e-commerce Asmanhas tem a proposta de “comunicar sem falar”

“Melhor não, mas bora”: casal de Joinville cria camisetas com frases cotidianas e fatura R$ 3 milhões

Criado no isolamento da pandemia, e-commerce Asmanhas tem a proposta de “comunicar sem falar”

Isabel Lima

Com o tempo que sobrava durante o isolamento da pandemia da Covid-19, os joinvilenses Neto Andrade e Camila Eda decidiram tirar um projeto da gaveta. A proposta de “comunicar sem falar” foi o motivador da Asmanhas, que surgiu oferecendo camisetas com frases inspiradas na “vida real” por meio de um e-commerce e já faturou mais de R$ 3 milhões.

O que começou como uma marca de camisetas, agora vende moletons, canecas e até bandanas para pets. Asmanhas cresceu pois reflete o pensamento cotidiano das pessoas. Frases como “Calma, caraio”; “Eu sou suave, vocês que me estressam” e “Vamos nos desesperar com calma” estão entre as mais vendidas da loja. São roupas e acessórios que expressam sentimentos, explica Neto.

Os Soares/Divulgação

“As estampas são inspiradas na vida real das pessoas, são termos que as pessoas costumam falar, com personalidades que as pessoas têm”, conta Neto. Impulsionados pelos problemas de comunicação surgidos na pandemia, o casal decidiu tirar o projeto da gaveta.

O primeiro passo só foi possível devido ao fornecedor que aceitou produzir sob demanda, ou seja, quando alguém comprava, a camiseta era produzida. “Nosso produto teve uma aceitação muito boa, isso contribuiu que a gente ficasse animado e acreditasse no projeto”, relembra o sócio.

O que em abril de 2020 era uma loja sem estoque, hoje tem sede própria e time de funcionários. “A gente vende para o Brasil inteiro, o maior público consumidor é em São Paulo, mas a gente está vindo numa crescente aqui no Sul que esta deixando a gente bem otimista”, diz Neto.

“A gente usa o mercado têxtil, mas a marca não é disso”

Os Soares/Divulgação

Para os sócios, a Asmanhas não é uma loja de roupas, mas uma marca que faz as pessoas se comunicarem. “A gente costuma falar que a gente usa o mercado têxtil, mas a marca não é disso”, explica Neto.

Formado em marketing com experiência em publicidade e propaganda, o empreendedor conta que a As‌manhas trabalha de forma inovadora, sem seguir regras ou padrões. “A gente sempre busca inovar, por mais que a gente esteja hoje somente no mercado online, a gente tem muito respeito pelo consumidor”.

Na contramão da robotização, todos os clientes são atendidos por pessoas. “A gente acredita que são pessoas que compram nosso produto e pessoas gostam de falar com pessoas”, conclui.

Outro diferencial que o sócio ressalta são os lançamentos da marca. Em vez de trabalhar com coleções como costuma o varejo, a Asmanhas lança novas estampas de forma independente, com estratégia própria.

Investimento e rendimentos

Iniciado com capital próprio, o e-commerce cresce gradualmente com o reinvestimento dos proprietários.‌ Em 2023, a empresa completa três anos, o que permite que os sócios entendam melhor os consumidores e o próprio produto.

Na somatória dos dois primeiros anos, 2020 e 2021, Asmanhas faturou seu primeiro milhão. Já em 2022, o faturamento chegou a R$ 3 milhões, o que permitiu ampliar a equipe, que agora conta com oito funcionários, e pensar no futuro.

“A gente tem alguns projetos para ir ao mundo físico, a gente está estudando possibilidades, pode ser uma loja, um quiosque, pode ser parceria com lojas”, diz o sócio. Sem dar muitos detalhes dos próximos passos, Neto adianta que a empresa espera chegar aos R$ 10 milhões no fim do ano.


Palácio Episcopal foi construído para primeiro bispo de Joinville, inspirado no estilo barroco:

 

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