Mercado imobiliário de Joinville cresce acima da média catarinense
Destaque do primeiro semestre do ano foi o crescimento do Minha Casa, Minha Vida
Destaque do primeiro semestre do ano foi o crescimento do Minha Casa, Minha Vida
Indicadores do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Joinville mostram o setor imobiliário aquecido, com mais unidades lançadas, recordes de vendas, boa valorização do metro quadrado e equilíbrio entre lançamentos e absorção do estoque.
O destaque do primeiro semestre do ano foi o crescimento do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que impulsionou o volume de unidades lançadas na cidade. Enquanto Santa Catarina registrou queda nesses lançamentos, Joinville teve crescimento de 33,5%. O segmento econômico já representa 28,3% do Valor Geral de Lançamentos (VGL).
Se considerados todos os padrões, Joinville registrou alta de 50,7% nas unidades lançadas em comparação com o mesmo período do ano passado e chegou a 3.125 lançamentos em 12 meses, o maior número da série histórica.
Para a presidente do Sinduscon de Joinville, Ana Rita Vieira, esses são ótimos motivos para celebrar o Dia Nacional do Trabalhador da Construção Civil, comemorado neste domingo, 26.
“Joinville tem uma economia sólida, com pleno emprego, e a indústria da construção civil contribui para isso. Somos um setor com boas oportunidades de carreira e investimos na formação da mão de obra com um programa de capacitação gratuita, o Profissão Construir.”
Segundo Ana Rita, esse cenário cria um ambiente de confiança para trabalhadores, compradores e investidores. “Nosso mercado imobiliário consegue manter um excelente ritmo mesmo em cenários nacionais um tanto desafiadores para a economia”, avalia.
O mercado de alto padrão foi um dos que registrou avançou em Joinville e ampliou sua representatividade. O lançamento de empreendimentos de luxo subiu de 9,3% em 2024 para 10,5% em junho deste ano. O VGL responde por 32,9% do total, e os imóveis dessa categoria valorizam até 22% ao ano na cidade, acima da média geral de 13%.
Embora ainda tímida, a presença dos imóveis compactos (studios e unidades de um dormitório) — apenas 6% dos lançamentos — representa uma oportunidade de expansão. No estado, essa tipologia responde por quase 30% dos novos projetos, acompanhando uma tendência nacional.
“Ainda há muito espaço para diversificar o portfólio de produtos. O público jovem e os investidores buscam imóveis menores, bem localizados e com facilidades urbanas. É um movimento que tende a crescer também em Joinville”, acrescenta a presidente do Sinduscon Joinville.
O ritmo de vendas confirma o bom momento do mercado imobiliário. No primeiro semestre de 2025, as vendas cresceram 12,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Se comparados apenas os segundos trimestres de 2024 e 2025, o aumento foi ainda mais expressivo: 18,7%.
O Valor Geral de Vendas (VGV) somou R$ 1,1 bilhão no semestre, crescimento de 51,6%. Em 12 meses, o valor comercializado em Joinville chegou a R$ 2,2 bilhões, praticamente o mesmo montante lançado no período — sinal de um mercado equilibrado, com alta liquidez e pouca ociosidade.
A tipologia mais procurada segue a tendência histórica: os apartamentos de dois dormitórios representam cerca de 65% das unidades vendidas. Já os apartamentos de luxo respondem por 8,4% das vendas, enquanto o MCMV lidera com 30,1%.
O bom desempenho do mercado imobiliário também é refletido no estoque. Em junho, Joinville contabilizava 2.512 unidades disponíveis, número considerado baixo frente ao ritmo de lançamentos e vendas.
A velocidade de vendas é de 21,3% por trimestre, superior à média do ano anterior (19,1%). “Isso significa que mais de um quinto do estoque é absorvido a cada três meses, um índice que demonstra alta liquidez e confiança do comprador”, avalia Marcos Kahtalian, sócio da Brain – consultoria responsável pela pesquisa imobiliária na cidade.
Para quem tem dúvidas sobre o momento ideal para a aquisição de um apartamento, a presidente do Sinduscon Joinville avisa: “A hora é agora. Ao contrário do que os compradores esperam, o preço dos imóveis na cidade não vai cair, porque tudo o que é lançado é vendido na mesma proporção.”
Segundo o levantamento da Brain, o estoque em Joinville está concentrado nos padrões médio e econômico, enquanto os imóveis prontos são majoritariamente de três e quatro dormitórios — faixas de maior valor agregado.
Os preços também acompanham o aquecimento do setor. Em 12 meses, o metro quadrado privativo valorizou 13%, o que mostra um crescimento real acima da inflação. O valor médio do m² na cidade é de R$ 10.631. O ticket médio gira em torno de R$ 884 mil (média de todos os padrões, que vai do econômico ao superluxo).
Com um VGL de R$ 1 bilhão apenas no primeiro semestre, Joinville se consolida como um dos mercados imobiliários mais potentes do Sul do Brasil. Segundo Marcos Kahtalian, proporcionalmente à população, a cidade lança mais que capitais como Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte.
“Se mantiver o ritmo atual, o município deverá encerrar 2025 com R$ 2 bilhões em lançamentos, consolidando uma trajetória de crescimento contínuo e sustentável”, comenta o especialista.
Para a presidente do Sinduscon Joinville, Ana Rita Vieira, o setor é um termômetro da economia. “Quando a construção civil vai bem, é sinal de confiança, geração de empregos e investimentos. Joinville tem mostrado isso de forma clara: um mercado sólido, equilibrado e com boas perspectivas para os próximos anos.”
1º semestre de 2025
Unidades lançadas: +50,7%
Unidades MCMV: +33,5%
VGL: R$ 1 bilhão (+98% vs 1S24)
VGV: R$ 1,1 bilhão (+51,6%)
Valorização dos imóveis: +13%
Preço médio do m²: R$ 10.631
Ticket médio: R$ 884 mil
Estoque: 2.512 unidades
Velocidade de vendas: 21,3% por trimestre
Tipologia líder: 2 dormitórios (69% dos lançamentos / 65% das vendas)
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