Mercados de Joinville registram movimento acima do comum
Estabelecimentos, porém, afirmam que estoques estão sendo repostos sem problemas, com exceção do álcool em gel
Com a confirmação do primeiro caso de coronavírus em Joinville, divulgado na última sexta-feira, 13, o movimento dos mercados da cidade tem aumentado. Além disso, na maioria dos comércios que compõem a reportagem, não há mais estoque de álcool em gel.
Em alguns mercados o produto está sendo reposto aos poucos, em outros, há dificuldades de encontrar fornecedores que ainda tenham o item. Em um dos estabelecimentos, o preço do álcool em gel quadruplicou.
Mercado Campos, bairro Costa e Silva
Rosane Nehls, atendente de caixa do mercado Campos, disse que o movimento dobrou desde a semana passada, logo após a confirmação do primeiro paciente com coronavírus.
Segundo ela, não houve aumento nos preços, mas o produto que a população mais tem procurado e está em falta é o álcool em gel. O item tem sido comprado em grande quantidade por pessoa.
“Neste momento, não podemos ser egoístas, temos que saber dividir”, alerta Rosane.
Como medidas de prevenção à doença, todos os caixas do mercado estão supridos com álcool em gel e produtos de limpeza.
Supermercado Rodrigues, bairro Aventureiro
De acordo com Bryan Mafra Lima, gerente do supermercado Rodrigues, a movimentação da unidade se manteve durante a semana. Também há grande procura por álcool em gel, que está em falta desde a semana passada.
Os últimos frascos de álcool em gel foram repassados pelos fornecedores com preço quadruplicado, conta o gerente.
Como medidas preventivas ao vírus, segundo Lima, está sendo feito um monitoramento dos funcionários com relação aos sintomas. Além disso, todos os caixas contam com álcool em gel institucional (que não é para revenda) e também há cuidados com relação a aglomerações.
BIG e Angeloni, bairros Anita Garibaldi e América
O assessor de imprensa da Associação Catarinense dos Supermercados (Acats), Marcos Heise, conta que em ambas as redes, BIG e Angeloni, a movimentação aumentou neste domingo, 15. “A segunda-feira, 16, e a terça-feira, 17, é que foram dias atípicas, com movimento muito acima do normal para estes dias da semana” comenta Heise.
Assim como nas demais redes, o produto que está em falta é o álcool em gel. Os demais, estão sendo repostos normalmente.
Vitorino, bairro Boehmerwald
Segundo Edson Carvalho, gerente do Vitorino, o movimento deste final de semana foi um pouco acima do normal, se comparado ao mesmo período do ano passado.
“Houve uma busca desenfreada”, conta o gerente se referindo ao estoque de álcool em gel. No momento, o produto está indisponível. Na opinião dele, algumas pessoas compraram uma grande quantidade de álcool para revender.
Além disso, há dificuldade de reposição, pois os fornecedores também estão com falta do item.
Carvalho diz que, em relação ao preço, os fornecedores tendem a tirar o desconto que geralmente fornecem para compras com grande volume. Apesar disso, o mercado Vitorino não deverá aumentar o valor do produto quando conseguir fazer a reposição, afirma o gerente.
Giassi, bairros América e Bucarein
Na rede de supermercado Giassi, houve um aumento no movimento deste final de semana. De acordo com o gerente comercial da empresa, Noedir Benfato, o único produto em falta é o álcool em gel, mas em apenas algumas unidades da rede.
O gerente também conta que não há estoque porque os fornecedores estão entregando pedidos fracionados, ou seja, em quantidades menores do que o normal. “Ainda não foi registrado nenhum aumento de preço”, explica.
Condor, bairro América
O movimento foi tranquilo no final de semana na unidade do bairro América. O encarregado Rodrigo Rocha conta que o único produto em falta, tanto para o mercado quanto para os fornecedores, é o álcool em gel.
Apesar da falta, não sentiram que houve um aumento de preço por parte de quem fornece o produto para a revenda nos comércios.
Para contribuir com a higienização do local, foram colocados álcool em gel nos caixas e banheiros, disponíveis para clientes e funcionários.
Associação Catarinense dos Supermercados faz orientação
Atenção no momento de manipular alimentos, higienização das mãos, equipamentos e até mesmo carrinhos e cestinhas estão sendo recomendados pela Acats.
Em questão a reposição de itens, orienta-se que as empresas planejem com seus fornecedores o abastecimento correto das lojas. Segundo a associação, as empresas devem visar o atendimento à demanda, assim como o equilíbrio de preços.