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Método Wolbachia: prefeitura prepara soltura de mosquitos em combate à dengue em 15 bairros de Joinville

Segunda fase do método será iniciada em algumas semanas

Dentro de algumas semanas, a segunda fase do Método Wolbachia inicia a soltura dos Wolbitos em Joinville. A operação vai contemplar mais 15 bairros da cidade.

A fase vai atender os bairros Adhemar Garcia, Anita Garibaldi, Boehmerwald, Bucarein, Dona Francisca, Glória, Itinga, Jardim Paraíso, Nova Brasília, Pirabeiraba, Profipo, Rio Bonito, Saguaçu, Santo Antônio e Vila Cubatão.

Em 2024, a primeira fase de soltura dos Wolbitos contemplou 17 bairros e aproximadamente 360 mil moradores.

“Nesta segunda fase, teremos uma área de abrangência com 150 mil pessoas e passaremos a contemplar 75% do município coberto pelo Método Wolbachia. Isso significa que mais pessoas vão estar protegidas em Joinville. A gente espera que o efeito seja ainda mais forte na redução da transmissão de dengue e chikungunya”, destaca Gabriel Sylvestre, gerente de implementação da Wolbito do Brasil.

O Método Wolbachia é uma tecnologia inovadora e sustentável conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde e operada pela Wolbito do Brasil. Em lugares como Austrália, chegou a 96% de redução da dengue, quase erradicando a doença. No Brasil, em Niterói, obteve 70% de redução de dengue.

Sylvestre lembra que o método é complementar às outras ações de combate à dengue. A expectativa é de que com a soma de ações realizadas pela Prefeitura e a Secretaria de Saúde, o município tenha cenários de dengue nos próximos anos muito mais brandos.

“Joinville é o nosso padrão ouro, com uma relação e um histórico de resultados e parceria nunca visto antes. E tudo acontece porque esse trabalho é feito em rede, com a disponibilidade dos gestores públicos. Temos aqui o aprendizado de como a gente pode trabalhar em futuras ações de uma forma tão eficiente. São resultados muito positivos que podem ser implementados em outras cidades”, destaca.

Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação

Redução de casos

Até julho do ano passado, Joinville havia registrado mais de 80 mil casos de dengue e 83 mortes. Neste ano, são menos de mil casos e nenhum óbito registrado. A vice-prefeita Rejane Gambin destaca que este resultado pode ser atribuído a uma série de ações estratégicas do município para o combate à dengue.

“Todas as ações coordenadas de prevenção, aliadas ao Método Wolbachia, nos ajudaram a chegar a esse resultado. Estamos muito felizes pelo reconhecimento da Wolbito do Brasil de Joinville com referência nacional. E precisamos que a conscientização continue”, reforça a vice-prefeita.

Daniela França Cavalcante, secretária da Saúde, destaca o envolvimento de diversas áreas do município para o sucesso da implementação do Método e o papel da população nesta estratégia.

“No engajamento comunitário e na pesquisa de base, encontramos uma população bem mais consciente do processo, resultado do bom trabalho realizado na primeira fase. Perpetuar as ações de promoção e prevenção à saúde deve ser um ato contínuo de todo o cidadão. Enquanto nós fazemos a nossa parte, a nossa parte reflete coletivamente”, explica a secretária da Saúde.

Soltura dos Wolbitos

Nas próximas semanas, será anunciada a programação de início da soltura dos Wolbitos. Esse trabalho envolve a equipe da Wolbito do Brasil e da Vigilância Ambiental. A periodicidade será semanal, em períodos e locais determinados e veículos identificados.

Como não é possível diferenciar os mosquitos, medidas como uso de repelente, inseticida, telas de proteção e demais cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti devem ser mantidos. Inclusive, caso a pessoa veja um mosquito Aedes aegypti voando, pode tentar eliminá-lo com uso de inseticida ou raquete elétrica.

Natural, autossustentável e sem qualquer modificação genética, o método introduz a bactéria Wolbachia, presente em 60% dos insetos da natureza e inofensiva aos humanos, nos mosquitos Aedes aegypti.

A presença da Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre-amarela urbana se desenvolvam dentro do Aedes aegypti. Com a reprodução e o crescimento gradativo dos insetos com Wolbachia na natureza, o método contribui para a redução dessas doenças.

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