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Ministério Público pede a soltura do padastro acusado de matar a menina Helloyse, de quase dois anos

Ofício também foi expedido à Delegacia de Homicídios, com a solicitando uma complementação na investigação, pois ainda há dúvidas sobre a autoria do crime

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) solicitou a soltura de Willian Kondlatsch de Morais, o padastro da menina Helloyse, de quase dois anos, acusado de matar a criança em dezembro de 2019. Segundo o MP, ainda há dúvidas sobre a autoria do crime, por isso também foi expedido um ofício à Delegacia de Homicídios, solicitando um complemento na investigação.

O advogado do réu, Adilson Côrrea, aponta que esse foi um pedido tanto do MP-SC quanto da defesa. Durante audiência de instrução, após a apresentação das provas e ouvidas as testemunhas, Côrrea diz que ficou comprovado que não tinham provas que o réu teria matado a criança.

Para o Ministério Público, a decisão foi tomada para que a investigação policial continue, afim de esclarecer melhor a autoria “deste bárbaro crime, seja o acusado ou, eventualmente, outra pessoa”, relata o promotor Ricardo Paladino.

A defesa explica que durante a audiência de instrução, as testemunhas de defesa e acusação teriam visto Willian salvando a criança, que estava em uma piscina. “Ele estava a procura da criança, bateu na porta da vizinha, que saiu com ele e foi procurar a criança”, explica Côrrea.

Ele não teria ficado sozinho com a menina, mas sempre acompanhado de outras pessoas, aponta o advogado. E a partir daí, ninguém teria visto Willian machucando Helloyse.

“Então o MP-SC entende que houve crime, e agora quer levar todo esse material de volta para a delegacia, pra saber quem matou a criança, se não foi o padastro. Não tem o convencimento de que ele foi autor do crime”, conta a defesa.

Willian seria levado ao júri popular

Encaminhado ao Tribunal do Júri, Willian passou pela audiência de instrução e, posteriormente, seria encaminhado ao conselho de sentença, o júri popular. Apesar da decisão de soltura do MP-SC, Côrrea explica que mesmo assim o juiz do caso não cancelou o conselho.

Agora, a defesa entra com recurso para solicitar que o réu seja absolvido da acusação e que haja a impronuncia do caso, ou seja, que ele não vá ao júri.

O que diz o laudo do IML

De acordo com o promotor do caso, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a provável causa da morte tenha sido asfixia, com tudo, a possibilidade de afogamento não teria sido totalmente descartada.

“Para o Ministério Público, o conjunto de todas as provas e evidências também indica que ocorreu o assassinato da criança e, depois, seu corpo foi lançado na piscina”, diz o promotor.