Ministro do STF determina buscas na casa do empresário Luciano Hang; entenda
Outros empresários também fazem parte da lista
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que fossem realizadas buscas nesta terça-feira, 23, na casa de oito empresários que faziam parte de um grupo pró-bolsonaro no WhatsApp, entre eles, está Luciano Hang, dono da Havan.
A operação surgiu após denúncias de que, no grupo, os empresários estavam supostamente apoiando um golpe de estado, caso Lula vença as eleições de outubro.
Os mandados devem ser cumpridos ao longo desta terça-feira, 23, em um total de cinco estados: Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Além de Luciano, os empresários alvos da operação são: Afrânio Barreira, do restaurante Coco Bambu; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan; José Koury, do Barra World Shopping; André Tissot, do Grupo Serra; Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii; Meyer Nigri, da Tecnisa.
Segundo a assessoria de imprensa da Havan, loja de departamentos do empresário, uma nota sobre o caso será enviada ao longo do dia sobre a investigação.
Manifestação
Um dia antes, Luciano fez uma live na qual negou as acusações. “Todos os dias a imprensa tenta desconstruir empresários que estão do lado do presidente (os bolsonaristas). Isso é mais uma mentira. Eu nunca me manifestei contra poderes. Usaram de má-fé trechos desconexos de uma conversa de whats”, afirma o empresário.
“Nós vamos vencer as eleições em primeiro turno, vamos fazer as mudanças que o Brasil tanto precisa através da democracia, da liberdade de pensamento e de expressão”, garante.
Em sua live, Luciano mostrou os prints do que ele teria escrito no grupo. A fala do empresário no grupo informal de WhatsApp foi: “teremos mais 4 anos de Bolsonaro, mais 8 de Tarcísio e não terá mais espaço para vagabundos”, disse se referindo aos políticos conhecidos de toda a população.
“Eu faço parte de muitos grupos, nós temos que viver num país democrático e com liberdade de pensamento e expressão. Não é crime no Brasil discutir política e dar opinião num grupo fechado de WhatsApp. Eu acho engraçado que só vazam as conversas dos grupos de direita, gostaria de ver também o que falam nos grupos de esquerda”
Hang afirma que o grupo de WhatsApp “Empresários & Política” é um canal eclético, formado por cerca de 250 pessoas e que defendem candidatos diferentes.
“É como se fosse uma conversa em uma mesa de bar, onde cada um dá seu ponto de vista. Pegar trechos desconexos e sem contexto, não mostram a verdade. É imoral”, reforça. O empresário está tranquilo em relação a polêmica. “A verdade está do nosso lado. Nada melhor do que virar notícia com a consciência tranquila. A verdade sempre prevalece”.
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