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Moradora de Joinville veio ao mundo pelas mãos do próprio pai, dentro de uma kombi

Família de Debora tinha uma granja e foi no caminho entre o empreendimento e o hospital que ela nasceu

Debora Isabel Ferreira Lemos, 41 anos, veio ao mundo pelas mãos do próprio pai, dentro de uma kombi. Ela, obviamente, não se lembra do episódio, mas o narra com riqueza de detalhes, já que a história é uma das mais marcantes e inusitadas que aconteceram na família.

Ela conta que sua mãe e seu pai estavam dentro de uma granja, com 4 mil frangos, onde trabalhavam, no interior de Curitiba, quando a mulher entrou em trabalho de parto.

Sua mãe então foi colocada dentro do único veículo disponível no local para levá-la à maternidade: uma kombi que os trabalhadores utilizavam para fazer a entrega das aves de corte.

No entanto, no meio do percurso, faltando ainda nove quilômetros para a chegada ao hospital, o parto precisou ser iniciado. Por volta das 3 horas de uma madrugada fria de outubro de 1979, Débora veio ao mundo pelas mãos de seu pai.

“É uma coisa que guardo com bastante carinho. Não lembro de nada, é claro, mas pelo que eles me contam, foi um momento muito especial”, afirma Débora.

Menino ou menina?

A dona da granja, que pilotava a kombi, também era enfermeira e prestou os primeiros socorros após o nascimento do bebê. Débora nasceu com o corpo bastante inchado e, com a escuridão da noite e a velocidade do veículo, que precisava chegar o mais rápido possível à maternidade, ficou praticamente impossível distinguir o sexo da criança.

Mas a patroa garantiu ao pai, que já tinha dois filhos homens e queria uma menina: “não se encante muito, não. É um menino”. Débora conta que, como, à época, o pai não pôde entrar na maternidade, ela e a mãe foram internadas e o pai foi registrar a criança.

“Aí, meu pai foi ao cartório pra me registrar, porque naquela época não tinha lá a certidão de nascido vivo. Ele conta que quando chegou na porta do cartório, ainda na escada, sentiu de voltar na maternidade pra ter certeza antes de me registrar. Quase me me chamei Daniel”, lembra, entre risos.

Em 1984, a família mudou-se pra Joinville, onde estão até hoje. Atualmente, Débora é casada há 27 anos e tem três filhos — uma mulher de 24, um jovem de 19, e uma menina de 6 — e atua na área de recursos humanos de uma empresa na cidade. Ela tornou-se avó há quatro meses e, afirma, seguramente, que o nascimento de seus filhos foi tradicional, nada comparado ao seu.

“Todos foram no hospital. Os dois primeiros tive de parto normal, a mais nova de cesária. Mas foi tudo tranquilo. Nada fora do típico”, explica.


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