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Morte de gato por arma de pressão completa dois meses; autor está preso

Homem foi detido por porte ilegal de arma de fogo, delegado fala em "possibilidade enorme" de ser indiciado também por maus tratos a animais

A morte de um gato com um tiro de pressão no bairro Comasa completou dois meses nesta quarta-feira, 19. A investigação ainda está em curso, mas a Polícia Civil afirma que há chances do suspeito ser julgado pelo crime. Na ocasião, ele foi detido em flagrante por porte ilegal de armas e continua preso.

De acordo com o delegado Larry Marcelo Rosa, a investigação está perto de ser finalizada. “Há uma possibilidade enorme dele ser indiciado”, conta. Porém, um crime de pequeno grau, como é o caso, dificilmente acaba em pena com privação de liberdade, explica o delegado.

O homem também foi acusado pelo crime de porte de armas, motivo pelo qual continua preso, e ainda aguarda decisão da Justiça.

A ocorrência teve grande repercussão na época, sendo compartilhada em grupos de WhatsApp e na página da Frada, que denunciou o caso publicamente.

Mas quem deu o ponta pé inicial para que a morte do gato fosse investigada foi a manicure Ana Paula Pallar, 35 anos, tutora do animal. Ela conta que em fevereiro ele já havia sido atingido por um tiro de pressão na pata.

Na época, Ana tratou o animal como pôde e a mãe chegou a brigar com o suspeito. “Ele chegou a confessar para ela que tinha atirado mesmo no gato”, diz. Mesmo assim, não houve denúncia.

Em 19 de junho, porém, Ana pensou diferente: “Como não era a primeira vez, eu fui na polícia para fazer um boletim de ocorrência”. A manicure estava em casa e encontrou Thon, como era chamado o gatinho, machucado e sangrando.

“Eu fiquei muito abalada. Minha filha de 8 anos estava comigo e chorou muito. Ela brincava com ele igual uma boneca e ficou triste”, lembra.

No mesmo momento Ana suspeitou do vizinho, que tem fama na rua onde moram pelos maus tratos a animais. Na data, a manicure também tinha visto o gato sentado no terreno do acusado. Ana chegou a chamá-lo para evitar uma confusão, mas ele não a obedeceu. Ao entrar dentro de casa escutou o tiro e minutos depois Thon estava sem vida.

Com a ocorrência, ela passou a temer pelas crianças, que brincam na rua com os animais e  poderiam ser atingidas acidentalmente. Ela acredita que o homem já tenha matado pelo menos cinco gatos que já teve. “Não vejo a hora de sair daqui”, afirma.

Preocupada, a manicure acelerou os planos de mudança que já tinha antes do caso acontecer.

Arquivo Pessoal

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