MP denuncia e pede prisão preventiva de pastor que encomendou assassinato da esposa em Itajaí
Homem e mulher acusados de executar o crime também foram denunciados
Homem e mulher acusados de executar o crime também foram denunciados
Três dos quatro suspeitos de serem autores do homicídio de Mariane Kelly dos Santos, de 35 anos, foram denunciados pela 2ª Promotoria de Justiça à 2ª Vara Criminal da Comarca de Itajaí. A promotoria também pediu a mudança da prisão temporária dos acusados para preventiva. Na denúncia do crime constam a motivação imoral, a execução mediante pagamento, o uso de meio cruel e sem chances de defesa da vítima, além de feminicídio atribuído ao esposo de Mariane, Joedison dos Santos, o pastor Jota.
Segundo a denúncia, elaborada com base no inquérito policial, o marido da vítima planejou o crime com a sua amante, que era vizinha do casal. Esse relacionamento extraconjugal já duraria quatro anos e o motivo para que os dois matassem Mariane seria o fato de que eles queriam viver juntos sem que o pastor evangélico enfrentasse um divórcio, o que, na visão dele, poderia ser mal visto perante a sua comunidade. Além disso, após tornar-se viúvo, o pastor e sua amante poderiam usufruir dos bens deixados pela vítima.
Assim, desde o início de março deste ano, o pastor e sua amante teriam iniciado o planejamento da execução de Mariane. O pastor teria pagado um total de R$ 2,5 mil ao genro da denunciada e ao sobrinho dela, um adolescente, para que os dois a ajudassem a matar a sua esposa. Com isso, os três também teriam incorrido no crime de corrupção de menores.
As investigações comprovaram que Mariane foi morta com 25 golpes de faca na noite de 8 de abril, após pegar carona com a sua vizinha e amiga, ao sair do trabalho. No carro estavam o genro e o sobrinho da denunciada, que teriam matado a vítima dentro do veículo. Em seguida, eles teriam seguido em direção a Navegantes, onde pretendiam esconder o corpo. Segundo consta, os três teriam ocultado o corpo de Mariane no Rio Itajaí-Açu, próximo à ponte de Navegantes.
O crime teria ocorrido sem chances de defesa à vítima, pois ela entrou no carro espontaneamente, já que era comum a sua vizinha buscá-la no trabalho e, por ter sido surpreendida, não teve oportunidade de tentar evitar o ataque.
Enquanto isso, o pastor teria permanecido em casa, para ter um álibi que pudesse acobertar o seu envolvimento no crime.
Como o plano inicial de fazer a vítima desmaiar no carro para matá-la fora do veículo não deu certo, na manhã do dia seguinte eles também arrancaram a forração do interior do veículo que estava suja de sangue e as placas do carro, vindo a abandoná-lo em um local afastado na cidade de Navegantes, com o intuito de simular o furto do automóvel. Com essas ações, eles teriam tentado também ocultar o crime e dificultar as investigações, destruindo provas.
Os denunciados fugiram após a descoberta do corpo. A vizinha, amante do pastor, e o genro dela estão presos em Pernambuco, onde foram capturados. O marido da vítima, mandante do crime, também cumpre prisão temporária, mas está detido em Itajaí.
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