MP-SC denuncia suspeito de matar advogado em São Francisco do Sul
Segundo o Ministério Público, o acusado recebeu dinheiro para cometer o crime
A 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de São Francisco do Sul aceitou a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) contra o suspeito de matar o advogado Hamilton Lopes Ribeiro. O crime aconteceu no dia 2 de maio, na rua José Justino Rosa, bairro Rocio Grande, próximo da residência da vítima.
A Justiça recebeu a denúncia nesta quarta-feira, 28, e o suposto autor do crime, que foi preso no dia 31 de maio, em Joinville, passou a ser réu na ação penal pública. O MP-SC requer que ele seja submetido a júri popular.
A denúncia
Segundo a peça acusatória, no dia do crime, o denunciado, com uma motocicleta vermelha, seguiu a vítima até sua casa. Quando o advogado desembarcou de seu automóvel na via pública, o réu o surpreendeu e iniciou os disparos que levaram a vítima a óbito. Após a execução do crime, o denunciado fugiu do local.
Consta na denúncia do MP-SC “que o réu já vinha acompanhando a rotina de Hamilton há dias, calculando com frieza a execução do crime, e, portanto, agindo com premeditação”.
A Promotora de Justiça Rachel Urquiza Rodrigues de Medeiros, responsável pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de São Francisco do Sul, salienta que “verificou-se que, após o homicídio, efetuou diversas compras, entre elas a de um veículo C4 Pallas, ano 2008, na cor prata, efetuando sua troca para o automóvel Peugeot, modelo 307, cor prata, placa HHM0J59, inclusive, realizando diversas equipagens no bem”.
A ação penal relata ainda que o réu também realizou transferências bancárias para uma conta de sua titularidade, realizou compras em lojas e alugou um imóvel na cidade de Joinville, onde passou a residir com sua irmã.
Na denúncia, a Promotora aponta que o homicídio foi cometido mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, pois o réu seguiu, surpreendeu e disparou contra o advogado em frente à sua própria residência, após descer do veículo que dirigia, totalmente desprevenido e desarmado, sem condições de esboçar atitude defensiva.
Ela reforça ainda que o ato criminoso também foi realizado mediante pagamento, isto porque o denunciado recebeu importância considerável em dinheiro para efetuar o delito em questão, conforme demonstrou a investigação.
O réu, que estava preso temporariamente, teve sua prisão convertida em preventiva nesta semana a pedido da Polícia Civil (PC), com chancela do MP-SC. A PC trabalha ainda para identificar o possível mandante da execução do advogado.
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