Apesar da pandemia pelo novo coronavírus, o Festival de Dança de Joinville está mantido e deve acontecer entre os dias 21 de julho a 1º de agosto deste ano. Por conta disso, o Ministério Público Federal (MPF) catarinense instaurou Notícia de Fato para avaliar as medidas a serem adotadas pelo evento, como a suspensão ou reagendamento da data.
Um ofício foi enviado ao secretário de Cultura e Turismo de Joinville, Raulino Esbiteskoski, e para o presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville, Ely Diniz da Silva Filho. Ambos possuem dez dias para enviar as informações solicitadas pelo MPF.
No documento, o procurador da República Ercias Rodrigues de Sousa, do MPF em Joinville, questiona quais são medidas estão sendo pensadas para possível suspensão ou reagendamento do evento. “Diante da situação de pandemia decretada pela Organização Mundial de Saúde e do risco aos participantes e aos demais cidadãos, tendo-se em conta tratar-se de evento ao qual comparecem pessoas de diversos pontos do país e do exterior”, comenta o procurador.
O Festival de Dança de Joinville é financiado por meio da captação de recursos pela Lei Rouanet, utilizando recursos federais. Por isso, cabe ao MPF apurar informações sobre a confirmação ou adiamento do evento.
Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Festival de Dança, até a tarde desta quarta-feira, 22, o ofício ainda não tinha sido recebido por eles.
“Eventos em vários países do mundo têm tido a data de realização adiada ou cancelados em função da pandemia”, lembra o procurador da República do MPF em Joinville. Como exemplo, cita as Olimpíadas de 2020, que seriam realizadas este ano em Tóquio, no Japão. A competição foi reagendada e deve acontecer um ano depois da data original, em 23 de julho e 8 de agosto de 2021.