MPF solicita inquérito para que PF investigue crime de racismo em Araquari
Atos racistas foram registrados em eventos virtual do Instituto Federal Catarinense (IFC)
O Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina solicitou à Delegacia de Polícia Federal em Joinville a instauração de inquérito policial para apurar a prática dos crimes de injúria racial e de preconceito de raça ou de cor envolvendo evento em ambiente virtual do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Instituto Federal Catarinense (IFC), em Araquari.
Segundo o relato recebido pelo MPF, os docentes que conduziam a palestra virtual foram atacados por participantes não identificados, que invadiram o debate, fizeram ofensas racistas e propagaram mensagens de ódio, com apologia ao nazismo.
De acordo com o procurador da República Mário Sérgio Ghannagé Barbosa, do MPF em Joinville, que encaminhou o pedido de investigação à Polícia Federal, a ocorrência da conduta delituosa é enquadrada com injúria racial e preconceito de raça ou de cor.
Na representação, os servidores agredidos relatam que o evento foi atacado em ato planejado e coordenado entre diversos invasores que, aos berros, xingaram e ofenderam os servidores, pais e alunos que participavam do evento.
A série de agressões, conforme o relato, teve a projeção de imagens e músicas de cunho sexual. “Um áudio que dizia ‘cala boca macaco’ aos berros, seguido de um vídeo onde Hitler discursava para vários soldados”, diz.
Ainda conforme a representação dos servidores do IFC de Araquari, vários alunos menores de idade, professores da instituição e convidados estavam presentes no evento.
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