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Mudança climática pauta conferência regional da COP30 em Joinville

Evento reuniu 200 participantes e destacou impactos na região do Vale, Foz do Itajaí e Planalto Norte

Na noite da quarta-feira, 20, o auditório da reitoria da Univille recebeu a segunda conferência regional da COP30 para debater as mudanças climáticas.

O evento é promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa (Alesc) em parceria com a Escola do Legislativo e busca propostas e ações a serem apresentadas na Conferência das Partes da ONU sobre Mudança do Clima (COP30), que acontece no mês de novembro, em Belém, no Pará.

Participação da região reforça foco em desastres naturais

A participação maciça da região pautou principalmente a questão dos recursos hídricos e alagamentos na região de Joinville e os desastres naturais no Vale do Itajaí. O auditório da reitoria da Universidade de Joinville (Univille) recebeu cerca de 200 pessoas de diferentes segmentos da região do Vale, Foz do Itajaí e Planalto Norte.

O deputado Marquito (Psol), que preside a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e conduziu os debates, destacou a importância da realização dos eventos regionais preparatórios para a COP-30.

“Serão cinco macrorregiões que serão ouvidas, sendo esta a segunda. Cada região do nosso estado tem suas peculiaridades, por isso precisamos ouvir e entender as necessidades”, pontua.

Regiões mais afetadas e construção de propostas

O parlamentar ainda destaca as regiões do Vale, Foz do Itajaí e Planalto Norte como as principais afetadas pela mudança climática. “São recorrentes os desastres naturais que ocorrem na região, e temos também a problema com a qualidade do ar na região de Joinville, que pouco é medido mas traz consequências para a saúde. Por isso a importância em ouvir diversos setores da sociedade para construirmos propostas concretas de enfrentamento a crise climática.”

Ao final das audiências públicas, será construído um documento com as principais propostas para o enfrentamento das ações climáticas para o estado. “Será uma agenda de ações de Santa Catarina, a qual será apresentada na COP-30 para dialogar”, comenta o presidente da Comissão de Meio Ambiente. Marquito destaca ainda que as proposta finais serão debatidas em um simpósio.

Pautas hídricas ganham destaque

A vice-reitora da Univille, Therezinha Maria Novais de Oliveira, destacou ações por parte da universidade em projetos voltados a recursos hídricos.

“Temos nos nossos princípios da universidade a questão sustentável e desenvolvermos projetos na área ambiental. Mas com ênfase nos recursos hídricos, que é um ponto estratégico quando falamos em meio ambiente. Damos suporte com projetos na gestão desses recursos aos Comitês de Bacia de toda a região.”

Para a co-fundadora da Associação Nacional de Mulheres Indígenas, Kerexu Yxapyry, uma da principais preocupações dos povos indígenas está nos recursos hídricos da região e com os cuidados com o planeta.

“Estamos passando por vários fenômenos, que nos mostraram o quanto nosso planeta esta sofrendo e que precisamos assumir a responsabilidade de cuidarmos. Vemos que muitas comunidades indígenas da região sofrem com a falta de água potável, algo preocupante. Por isso, os debates como o de hoje são importantes e precisam ser levados para a COP-30”, pontua.

Plataforma de monitoramento

Durante a audiência pública, a consultora de planejamento Jessica Novaes Feldsus, representante das Associações e Consórcios Municipais do Médio Vale do Itajaí, falou sobre a plataforma de monitoramento que está sendo criada para monitoramento das ações climáticas na região.

“Estamos, de forma regional, complicando informações para criarmos a plataforma de monitoramento. Não podemos pensar em projetos de enfrentamento a ações climáticas de forma individualizada, mas sim de forma regional. São estudos e muitos dados, demandas, criadas metas e estratégias. para que possamos unificar o processo de planejar a resiliência climática.”

Próximas etapas

As audiências públicas sobre mudanças climáticas passarão ainda pelas regiões Sul, Oeste e Grande Florianópolis.


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