Mulheres protestam por melhorias na saúde de Joinville nesta quinta-feira
Manifestação foi realizada em frente ao Pronto Atendimento do bairro Aventureiro
Manifestação foi realizada em frente ao Pronto Atendimento do bairro Aventureiro
Na tarde desta quinta-feira, 10, duas mulheres protestaram em frente ao Pronto Atendimento (PA) do bairro Aventureiro para exigir melhorias no sistema de saúde de Joinville.
A manifestação foi organizada pela fisioterapeuta Gisele Maria da Silva, de 38 anos, e sua sogra, Maria Domedilia de Bacher.
As críticas da dupla foram voltadas ao governador Carlos Moisés (PSL), o prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB) e ao secretária da Saúde de Joinville, Jean Rodrigues da Silva.
“O governador e a prefeitura não fazem nada. Cadê o secretário da Saúde?”, questionam.
Para elas, a cidade precisa de um hospital de campanha para combater a Covid-19. “Muita gente vai morrer sem um hospital só para atender casos de coronavírus”, afirmam.
Os motivos para a manifestação, porém, são maiores: preocupações familiares.
O drama começou na última quinta-feira, 3, quando o marido de Gisele, Gean Carlos Maiocki, teve um mal súbito e, ao chamar o Samu, eles teriam alegando que o homem sofria de uma crise de ansiedade e não foram ao local.
Após a resposta, Gisele decidiu levar o marido ao PA do Itaum, onde ele foi atendido e se recuperou.
Porém, no dia seguinte, Gean voltou a se sentir mal. A esposa precisou sair do trabalho e levou ele novamente ao hospital, mas dessa vez no Aventureiro, onde permanece internado em estado grave.
A situação piorou na terça-feira, 8. O pai de Gisele, Wilson Conceição Pinto, também teve um mal súbito.
Após ele chegar ao hospital, foi testado positivo para Covid-19 e encaminhado ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. O pai de Gisele segue internado, também em estado grave.
Gisele afirma que não tem o que reclamar do atendimentos e dos profissionais da saúde, que, segundo ela, estão fazendo o possível durante a pandemia do coronavírus.
“Eles não param, estão cansados, não têm horário certo para comer, não tem suporte e nem equipe suficiente para atender a demanda”, lamenta.
Gisela e Maria ainda reforçaram as críticas contra a atual situação dos hospitais da cidade.
“É um descaso da cidade no acolhimento para atender pessoas com essa doença e em estado grave”, finaliza Gisele.
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