Museu de Sambaqui de Joinville terá novo prédio para proteger acervo de inundações

Ordem de serviço foi entregue nesta quarta-feira

Museu de Sambaqui de Joinville terá novo prédio para proteger acervo de inundações

Ordem de serviço foi entregue nesta quarta-feira

Brenda Pereira | Revisão

Um novo prédio do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville será construído no estacionamento da atual sede. Com três andares, a estrutura terá espaço para proteger o acervo de inundações e vai abrigar os setores técnicos e administrativos.

A ordem de serviço foi entregue nesta quarta-feira, 24. A empresa responsável pela obra de R$ 2,7 milhões é a PJ Construções. A Prefeitura de Joinville vai pagar R$ 1,5 milhão com recursos da Secretaria de Cultura e Turismo e R$ 1,250 milhão será pago com verba viabilizada pelo Instituto Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

O prazo previsto em contrato para a realização da obra é de 15 meses, contados a partir da entrega da ordem de serviço.

Acervo preservado

A construção do prédio vai auxiliar na preservação do acervo, com mais de 100 mil peças, que atualmente é abrigado no museu.

Devido à localização, o atual prédio do Museu Arqueológico de Sambaqui já sofreu com enchentes e alagamentos. Com a conclusão da obra, o acervo terá espaço específico para ser salvaguardado, sem receber influência da maré ou de chuva forte. A exposição permanece no mesmo prédio.

“Essa é uma obra que traz segurança para todo o acervo. Afinal, são milhares de anos de história aqui. Somos referência mundial na parte científica sobre sambaqui e agora, com essa obra, vamos dar segurança e um ambiente de trabalho melhor para todos esses pesquisadores”, afirma o prefeito Adriano Silva (Novo).

Para que o terreno esteja pronto para a obra, foi necessária a supressão de oito árvores. Em contrapartida, a Secretaria de Cultura e Turismo vai fazer o plantio de 95 mudas de árvores em unidades que pertencem à Secult.

Como será a nova sede

O prédio terá três pavimentos e 858 metros quadrados (m²). No projeto, estão previstos uma área para a reserva técnica, onde será guardado parte do acervo do museu que não está em exposição, dois laboratórios, área administrativa e técnica, voltada para os setores educativo, de museologia e de arqueologia, além de uma sala de reunião e espaços para a secretaria e coordenação.

O projeto de arquitetura contemporânea foi desenvolvido pela Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc). Um dos destaques são os detalhes que ficarão na fachada da construção. Os brises lineares em alumínio, como são chamados, servem para diminuir a incidência solar e contribuem com a ventilação no prédio, além da função estética.

Prefeitura de Joinville/Divulgação

Segundo o secretário de Cultura e Turismo, Guilherme Gassenferth, a obra representa um avanço significativo para a salvaguarda do acervo do museu.

“É uma referência internacional nos estudos dos sambaquis e dos povos originários da nossa região. Existem artefatos e ferramentas daquela época que são encontrados somente aqui. Por isso, sempre foi uma prioridade para nós construir um novo local para guardar e registrar toda essa história”, afirma.

Toque aqui para conferir mais imagens do projeto. 

Museu permanece aberto

O Museu Arqueológico de Sambaqui vai permanecer aberto ao público. Caso tenha necessidade de fechamento pontual, a comunidade será informada.

Outros projetos desenvolvidos pela equipe do museu, como o monitoramento dos sítios arqueológicos também seguirão sem alterações.

Ainda em 2024 serão executadas duas propostas aprovadas no Edital de Fomento à Cultura Elisabeth Anderle, do Governo do Estado. São eles: “Museologia colaborativa: diagnóstico Arqueológico de Sambaqui de Joinville, uma reaproximação com os povos originários” e “Tradução e publicação de memórias do pesquisador Guilherme Tiburtius coletadas na década de 1910 – relatos da vida na Colônia de Anitápolis e do contato com os indígenas da região”, propostos pela Associação de Amigos do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville e Adriana Maria Pereira dos Santos, respectivamente.

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