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Na base do JEC, goleiro russo de 14 anos busca sonho de ser jogador de futebol

Théo Bychkov está morando em Joinville há um ano

O futebol ultrapassa fronteiras, une culturas e idiomas. Em Joinville, o goleiro russo Théo Bychkov, de 14 anos, é a prova disso. Morando há um ano na cidade e treinando na base do Joinville Esporte Clube (JEC) há cerca de três meses, ele ainda enfrenta certa dificuldade com o português, mas dentro de campo, o idioma que ele busca dominar é o da bola, em busca do sonho de ser um jogador profissional.

A reportagem do jornal O Município Joinville conversou com Théo durante um treino no Schulze Centro de Esportes, no bairro Aventureiro. Garoto tímido e de poucas palavras, o jovem estrangeiro contou como o futebol tem o ajudado a enfrentar os seus desafios com o português, em fazer novos amigos e na mudança de país.

Théo durante o treinamento | Foto: Rafael Moreira/O Município Joinville

Théo começou os primeiros passos no futebol em Moscou, mas precisou se mudar por causa do trabalho dos pais. Diferente de alguns dos seus companheiros no JEC, a posição de goleiro foi sempre a primeira opção.

“Eu gosto de ser goleiro. Aqui no Brasil os treinamentos são um pouco diferentes, mas estou me adaptando com ajuda dos meus treinadores e colegas”, conta o jogador.

Desafio da língua portuguesa

Apesar de estar há quase um ano no Brasil, o jovem russo ainda está aprendendo o português. Algumas frases que mais têm usado é: “oi, tudo bem”, “bom dia”, “olha o atacante”, “toca a bola”, as últimas usadas principalmente dentro de campo. Já quando não entende o que falam (e isso aconteceu algumas vezes durante a entrevista), ele apenas sorri.

“O português é bem difícil. Tento me comunicar da melhor forma possível, não só com os meus colegas de treino, mas também na minha rotina. Mas é difícil”, ressalta Théo.

Théo ao lado do preparador de goleiro, Adenilson dos Santos | Foto: Rafael Moreira/O Município Joinville

A dificuldade com o idioma também o atrapalhou no começo dos treinamentos no JEC. O preparador de goleiros, Adenilson dos Santos, conhecido como “Caneca”, conta que no início, o goleiro não entendia o que era para fazer nos exercícios e precisaram mudar a estratégia para uma comunicação mais visual.

“Tivemos bastante trabalho porque ele já jogava na base lá na Rússia e aqui os treinamentos são diferentes. Além de que ele não entendia o que a gente falava e tínhamos que fazer o gesto do exercício e mostrar o passo a passo para que ele pudesse entender. Agora, o Théo melhorou 80 porcento na reação e velocidade nos exercícios”, conta o preparador.

Goleiros das categorias de base do JEC | Foto: Rafael Moreira/O Município Joinville

Oito colegas goleiros

Théo conta com mais oito companheiros goleiros que treinam juntos na base do JEC. Um dos colegas é Vitor Hugo, de 14 anos, que iniciou no clube em 2019, saiu em 2022 para o Coritiba e voltou há um mês. Ele falou sobre as parcerias entre os arqueiros para ajudar o colega estrangeiro.

“A gente brinca com ele bastante, ensinamos algumas palavras pra ele para que melhorasse nos treinamentos e, não só eu como os outros goleiros estamos prontos para ajudá-lo quando ele precisar”, diz.

Aos poucos Théo vai subindo degraus atrás do sonho de ser jogador profissional. Ele e alguns atletas também estão treinando no CT do Joinville Esporte Clube. “Estou feliz aqui no Brasil e em Joinville. Espero conseguir realizar o meu objetivo de jogar futebol”, finaliza.

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