Na Câmara, diretores da Águas de Joinville respondem questionamentos sobre PPR

Um dos vereadores classificou a gratificação, que já foi suspensa, como "vergonha" e "inaceitável"

Na Câmara, diretores da Águas de Joinville respondem questionamentos sobre PPR

Um dos vereadores classificou a gratificação, que já foi suspensa, como "vergonha" e "inaceitável"

Lucas Koehler

Nesta segunda-feira, 6, vereadores questionaram o diretor-presidente da Companhia Águas de Joinville (CAJ), Giancarlo Schneider, e o representante dos acionistas da empresa, Marcelo Hack, sobre a criação de uma gratificação aplicada para a diretoria da empresa, que previa duas vezes o percentual no Programa de Participação dos Resultados (PPR), passando dos R$ 100 mil.

Em 2 de junho, dias após serem convocados para prestar esclarecimentos na Câmara de Vereadores, integrantes do Conselho de Administração da CAJ recuaram e suspenderam a gratificação. Na Casa, eles apontam que a decisão se deu depois de ouvirem funcionários, população e vereadores. “Talvez a Águas de Joinville ainda não esteja preparada para esse tipo de remuneração”, fala Marcelo.

Entre as diversas manifestações, o vereador Wilian Tonezi (Patriota) afirmou que todos os legisladores não aprovam e repudiam esse a gratificação. “Sendo o município o único acionista, essa prática não vem de encontro com o anseio da cidade a uma empresa pública”, aponta.

Pastor Ascendino (PSD), por sua vez, criticou de maneira mais rígida, classificando a gratificação como “vergonha” e “inaceitável” e questionou a decisão da empresa. “Como o conselho de administração aprova uma gratificação absurda dessa?”, pergunta. Tânia Larson (União Brasil) falou que a proposta da remuneração é “absurda”.

Brandel Junior (Podemos) ressalta ser contrário a existência de um PPR para diretores e presidente da companhia. “Um diretor, que já ganha R$ 22 mil, para render precisa receber seis salária a mais? Não é compatível com o mundo que vivemos hoje”, critica.

Os vereadores Lucas Souza (PDT), Diego Machado (PSDB) e Sabel (União Brasil), Henrique Deckmann (MDB) e Cassiano Ucker (União Brasil) também se posicionaram contra a proposta da CAJ.

Questionados sobre a participação do prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), na decisão, ambos afirmam que o chefe do Executivo municipal aprovou o montante total. Porém, os critérios de uso e divisão da verba, por exemplo, a destinação ao PPR, cabe apenas aos conselhos da empresa.

Outras explicações dos diretores da Águas de Joinville

O diretor-presidente da Companhia Águas de Joinville, Giancarlo Schneider, salientou que o PPR dos funcionários, estabelecido desde 2010, havia passado por mudanças na metodologia.

Em 2022, a proposta previa que se a receita operacional líquida, custos e despesas atingirem 100% da meta, iniciaria o plano de participação dos resultados, fundamentado em quatro pontos: plano de investimento, com peso de 40%; atendimento ao tempo de resposta, com 30%; perdas por ligação, 15%; e índice de cobertura de esgoto, totalizando 15%.

Já Marcelo Hack explica que a decisão do novo PPR se deu após o conselho da CAJ fazer uma pesquisa de mercado e analisar que outras empresas do setor remuneravam melhor que a joinvilense. “Entendemos que a remuneração variável seria a forma mais sensata de fazer retenção dos talentos da companhia”, diz.


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