“Não é justo”: Mauricinho Soares depõe na comissão processante na Câmara de Joinville

Ele esteve na Câmara de Vereadores nesta sexta-feira

“Não é justo”: Mauricinho Soares depõe na comissão processante na Câmara de Joinville

Ele esteve na Câmara de Vereadores nesta sexta-feira

Brenda Pereira

Na tarde desta sexta-feira, 23, Mauricinho Soares (MDB) foi ouvido pela primeira vez na comissão processante da Câmara de Vereadores que pode cassar o mandato dele. Mauricinho está preso desde o dia 8 de dezembro devido a uma investigação da Polícia Civil em que teria suposto envolvimento em um esquema de fraude no Detran-SC.

A defesa orientou Mauricinho não responder perguntas do vereador Cleiton Profeta (PL). A justificativa, segundo o advogado Ricardo Bretanha, seria por considerarem que Profeta não teria imparcialidade no processo.

“Não é justo”, inicia Mauricinho sobre o teor da denúncia que resultou na comissão processante. “Primeiro, eu estou sendo investigado. Não fui condenado, não cometi nenhum crime e estou à disposição da Justiça”, defende.

O vereador afirma que está “tranquilo” e diversas vezes cita Deus. “Não vou ser condenado, porque crime nenhum eu cometi. Vocês vão ver até o final do julgamento”, diz Mauricinho. “Ainda vou voltar para essa casa e vou mostrar para muita gente que não sou nenhum criminoso, nenhum bandido”, pontua.

Em seu depoimento, Mauricinho se defende pontuando o serviço que já prestou na cidade e citou pessoas que trabalharam com ele. “Eu sou um trabalhador, toda vida trabalhei em prol da comunidade. Fiz muita coisa pelo município de Joinville”, defende.

O vereador Profeta fez dois questionamentos. O primeiro sobre o que Mauricinho teria a dizer sobre a decisão judicial que determinou o mandado de prisão cumprido no dia 8 de dezembro; outro sobre a fala do delegado Pedro Alves sobre Mauricinho exercer um papel de mediador no esquema do Detran-SC.

Mauricinho optou por não responder as duas perguntas. Segundo a advogada dele, Milena Tomelin, a segunda pergunta não foi respondida por conta da fala do delegado ser do início das investigações e não seria condizente com as informações atuais. “De lá para cá, de grande articulador, de um suposto esquema criminoso, as matérias mais recentes que tem sido divulgadas, inclusive o enquadram como talvez um mero participante. Então a pergunta do vereador Cleiton Profeta é tendenciosa”, diz Milena. Conforme divulgado pela Polícia Civil no início do mês, o esquema não tinha um líder, mas as investigações mostram que havia vários participantes que exerciam funções diferentes.

Milena questionou Mauricinho sobre o que ele acha que motivou a denúncia e o andamento do processo durante o recesso. Ele leva a resposta para o lado divino. “Se foi rápido, se foi ilegal, cada um vai responder. Cedo ou tarde, cada um vai se encontrar com Deus”, diz o vereador.

Ela também perguntou se o vereador já tinha visto um processo de cassação como o dele. “Fiquei surpreso com vários amigos aqui, meus nobres pares. Eu sempre falo, a pessoa vai ter o seu julgamento”, enfatiza Mauricinho.

“Não tive decoro parlamentar”, afirma o vereador. “Não desonrei essa casa”, complementa. Ele espera que até outubro, quando acontecem as Eleições 2024, a investigação já tenha sido concluída. “Se vier minha inocência, sou candidato”, diz Mauricinho.

“Não tenho direito de fazer qualquer coisa dentro do Detran”, diz o vereador mais ao fim do depoimento.

Prisão posse de arma

Em um primeiro momento da operação, o vereador foi preso por posse ilegal de arma de fogo. Ele foi solto após o pagamento de fiança. Inicialmente Mauricinho não foi questionado sobre o assunto, mas se pronunciou sobre o caso. “A arma tem registro, foi de uma pessoa que deixou lá em casa”, descreve. Ele fala que a pessoa morreu e ficou com a arma.

Mauricinho também comenta sobre a brincadeira entre ele e o presidente da Câmara, Diego Machado (PSDB), no dia em que foi solto após a prisão pela posse da arma. Diego revistou Mauricinho após cumprimentá-lo. “Não fez de mau gosto”, declara.

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