“Não sei o que vai ser de mim agora”, diz esposa de motorista de aplicativo morto em Joinville
Evandro Telles Rodrigues foi morto a facadas enquanto trabalhava na noite de sábado
“Amigo, companheiro, generoso e paciente. Meu tudo”. É assim que Alessandra Gil, 39 anos, esposa de Evandro Telles Rodrigues, 39, morto a facadas no último sábado, 7, define o marido.
Com voz embargada e sem ainda acreditar no ocorrido, Alessandra se agarra nas lembranças que tem de Telles — como era chamado carinhosamente por amigos e familiares —, e na certeza do amor que existia entre o casal.
“Eu estou pensando em como falar porque não tem como colocar em palavras. Eu era uma pessoa antes do Telles, hoje sou 100% melhor depois dele”, define.
Juntos há cinco anos, o casal ainda não possuía filhos e sonhava em casar-se no papel. Telles já tinha até comprado as alianças. De outro relacionamento, o homem tinha três filhos – um menino de oito anos e duas mulheres já adultas.
Alessandra conta que ficou sabendo da morte do marido através de um amigo em comum do casal, que, assim como o esposo, era motorista de aplicativo. Telles atuava na profissão há dois anos.
“Não sei o que vai ser de mim agora. Eu vou ter que aprender a me cuidar, porque ele fazia isso por mim. Fica difícil mensurar tudo o que ele era para mim. O que vai ser de mim?”, questiona.
Suspeita de assalto
Alessandra se diz revoltada com o que aconteceu com o marido e não sabe dizer ao certo o que pode ter acontecido. A Polícia Militar, que atendeu a ocorrência na noite de sábado, relatou que Telles foi vítima de latrocínio.
De acordo com informações da PM, a vítima conduzia um Ônix prata e foi rendida por dois homens. Após assaltá-lo, eles deram uma facada no peito do motorista, abandonaram o corpo e depois o carro.
Ainda segundo a polícia, o corpo foi localizado na esquina da rua Helmuth Fallgater. Os socorristas foram acionados, mas nada puderam fazer, já que a vítima já estava morta. O carro do trabalhador foi encontrado 100 metros depois, próximo a delegacia da Polícia Federal.
Com auxilio da equipe de Rondas Ostensivas com Apoio das Motocicletas (Rocam), os policiais conseguiram encontrar os dois suspeitos do crime, que foram presos em flagrante e encaminhados à Central de Polícia. A Polícia Civil segue investigando o caso.
Alessandra diz que vem sendo amparada por amigos e familiares e aguarda por justiça. “Muitas pessoas pegaram na minha mão. Estou colhendo a bondade dele”, finaliza.
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