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“Não tem dinheiro”: técnico Ney Franco revela estar com salários atrasados no JEC

Treinador desabafou sobre situação financeira do clube e disse que falta apoio do empresariado de Joinville

Em coletiva de imprensa após a derrota para o Hercílio Luz na última rodada da Copa SC, jogo que foi marcado por muitos protestos da torcida por conta da pífia campanha na competição, o técnico Ney Franco revelou que tem dois meses que não recebe salário no clube. A declaração foi dada aos jornalistas na beira do campo na Arena Joinville neste sábado, 19.

Ney Franco chegou em julho como treinador do JEC e, após 90 dias no cargo, desabafou sobre o momento financeiro do clube. Para ele, falta apoio do empresariado de Joinville.

“Eu vou bater três meses aqui e estou dois (meses) sem receber salário. Sei que a minha contratação que a minha contratação passa para a imprensa e sociedade que o Joinville tem dinheiro. Não tem dinheiro. Estamos treinando numa condição muito deficitária”, afirmou.

“Eu acho um absurdo um clube como o Joinville treinar em um Centro de Treinamento que temos (com falta de estrutura), numa cidade que bate no peito, fala que é rica, que tem uma torcida apaixonada, e eu vejo o presidente (Darthanhan) praticamente com um pires rodando nas empresas da cidade e não tem ajuda nenhuma”, complementou.

A reportagem do jornal O Município Joinville apurou que o CEO do clube, Felipe Ximenes, também está com salários atrasados. Já os vencimentos dos jogadores e demais funcionários, ainda conforme apurado, estão em dia.

Outras declarações de Ney Franco

Ney Franco falou que o JEC tem nome, tem camisa, tem cidade, porém, vive uma realidade totalmente diferente em relação aos outros clubes do estado. “Não adianta a torcida vir aqui e cobrar se não tem econômico para contratar atleta. Pode botar o (Pep) Guardiola que não vai resolver o problema”, disse de forma contundente.

O treinador do JEC ressaltou que jogadores das categorias de base estão sendo monitorados para possíveis negociações, o que auxiliaria na parte financeira.“Estamos tentando achar duas ou três peças (na base) que possam ser negociadas e resolver os problemas financeiros do clube, que não está achando na localidade o apoio (financeiro)”, afirmou.

Sobre a permanência no cargo como técnico, segundo ele, depende única e exclusivamente da diretoria do JEC. Também revelou que não possui multa rescisória no contrato que firmou com o clube.

“Estou disposto para vir e estar aqui (na beira do gramado). To aqui, encarei, no jogo contra o Barra recebi ‘gusparada’ de torcida organizada. Não preciso disso profissionalmente, não preciso disso financeiramente, mas estou com o coração e com a alma aqui para ajudar o JEC e, principalmente, o nosso presidente, que precisa do apoio da sociedade da cidade, que bate no peito de ser uma das mais ricas de Santa Catarina, mas a gente está tendo que buscar empresários de fora para vir e injetar dinheiro.”

“Eu em função de vir para o clube e ajudar nessa parte financeira também, já coloquei o Joinville em contato com alguns empresários, já trouxe na cidade uma pessoa que é um dos grandes do mercado de recuperação de campo. Esse profissional já teve aqui na prefeitura para tentar resolver o nosso problema em definitivo sobre o gramado da Arena. Também ajudando e procurando alguma empresa que possa chegar no nosso centro de treinamento e ajustar, no mínimo, o nosso campo de treinamento e a sala de musculação.”

Coletiva

Nesta próxima segunda-feira, 21, às 9h, na Arena Joinville, o JEC convocou uma coletiva de imprensa para apresentar a análise da Copa SC e a sequência da Jornada visando a temporada 2025.

Segundo o clube, estarão presentes o presidente Darthanhan Oliveira, o CEO Felipe Ximenes, o executivo de futebol Luciano Fidêncio e o treinador Ney Franco.

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