“Nasceram para mim”: sem conseguir engravidar e após seis anos na fila, joinvilense adota gêmeos

Cátia Cabral e Silva Morais, de 42 anos, é mãe dos gêmeos Davi Lucca e Thayná Maria

“Nasceram para mim”: sem conseguir engravidar e após seis anos na fila, joinvilense adota gêmeos

Cátia Cabral e Silva Morais, de 42 anos, é mãe dos gêmeos Davi Lucca e Thayná Maria

Yasmim Eble

“Eu esperei eles a minha vida inteira”, relata a joinvilense Cátia Cabral e Silva Morais, de 42 anos, mãe dos gêmeos Davi Lucca e Thayná Maria Morais, de 9 anos. Em conversa com o jornal O Município Joinville, Cátia contou a história de como o sonho de ser mãe se tornou realidade após a adoção dos gêmeos.

Esse sonho nasceu antes mesmo de se tornar adulta. “Eu sempre quis ser mãe, de maneira biológica ou por adoção. Eu tinha a vontade de ter alguém para cuidar, ensinar e amar de forma incondicional”, diz Cátia. Por conta disso, a joinvilense realizou diversos tratamentos para conseguir engravidar, todos sem sucesso. 

Cátia com os filhos Thayná Maria e Davi Lucca. | Crédito: Arquivo Pessoal

As tentativas duraram dois anos até que Cátia e o marido, Joel Morais, de 47 anos, decidiram entrar para a fila de adoção em 2010. “Mesmo estando na fila, continuei tentando tratamentos diferentes, mas nenhum ajudava”, conta. O processo de adoção durou seis anos. Segundo Cátia, foi necessário passar pelo cadastro, entrevistas psicossociais, além de fazer cursos de preparação para adoção. 

A última etapa é a assinatura do juiz, que concede o acesso ao sistema. Foi em dezembro de 2016, após seis anos na fila, que Cátia recebeu a ligação que aguardava desde o início do processo de adoção. “Eu achei que meu coração não aguentaria tamanha emoção. Eu estava sozinha em casa e meu marido estava no trabalho, foi um misto de sensações”, lembra a joinvilense. 

A mãe Cátia, o pai Joel e os filhos Davi e Thayná. | Crédito: Arquivo Pessoal

A primeira ação de Cátia foi ligar para o marido e para a mãe. Eles se encontraram no fórum e, no local, foram repassadas todas as informações sobre os gêmeos. “Eu perguntei à assistente social quando era o aniversário deles e ela falou que era no dia 31 de maio, no mesmo dia que o meu aniversário. Ali eu confirmei o que já sabia, eles não nasceram de mim, mas nasceram para mim”, conta.

“Razão da minha vida”

O processo de adoção aconteceu em dezembro de 2016 quando Davi e Thayná tinham 2 anos. Cátia explica que foram realizadas visitas ao abrigo durante uma semana, porém desde o primeiro encontro ela sabia que havia encontrado seus filhos. “Não tenho palavras para descrever como foi ouvir eles me chamando de mãe desde o primeiro encontro, foi mágico”, conta. 

A joinvilense comenta que, ao abraçá-los pela primeira vez, sentiu muito amor, mas também medo. “Ser mãe, mesmo sendo um sonho, te faz questionar muitas coisas e a principal é sua capacidade. Mesmo assim, eu sabia que conseguiria, eu não conseguia acreditar em como eles eram lindos e como eu os esperei por toda a minha vida”, lembra. 

Foto do primeiro encontro de Cátia com os filhos. | Crédito: Arquivo Pessoal

Após as visitas, foi o momento dos gêmeos conhecerem a nova casa. Cátia relata que a adaptação foi tranquila e logo a rotina foi imposta na família. Uma questão muito importante foi o apoio dos parentes. “Todos foram amorosos e ajudaram a gente e as crianças. Também tenho meu enteado, que eles amam de paixão. Hoje ele tem 24 anos, mas na época tinha 17”, recorda. 

Cátia relata que os gêmeos são a razão da sua vida. “Eles me ensinaram o que é amor. A minha vida ficou melhor com eles e teve um novo sentido desde que eles chegaram”, acrescenta. A joinvilense ainda explica que a adoção é só uma das formas de se construir uma família. 

A adoção aconteceu em dezembro de 2016. | Crédito: Arquivo Pessoal

No caso dela e do marido, a escolha foi adotar. “Antes de nós, Deus escolheu por nós. E eu não podia ser mais grata, eu amo meus filhos incondicionalmente que chega a doer a alma, eles são minha razão de viver”, completa.


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