Nova decisão da Justiça retoma rejeição das contas do ex-prefeito Carlito Merss pela Câmara de Joinville
Carlito teve decisão favorável na Justiça no ano passado, mas vereadores recorreram
Carlito teve decisão favorável na Justiça no ano passado, mas vereadores recorreram
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) reverteu a decisão que anulou a votação da Câmara de Joinville que rejeitou as contas do último ano de mandato do ex-prefeito Carlito Merss. O ex-chefe do Executivo havia entrado com uma ação contra os presidentes da Câmara e da Comissão de Finanças.
O ex-vereador Maurício Peixer, que ocupava a função de presidente da Câmara, e o vereador Wilian Tonezi (Patriota), entraram com recurso ainda no ano passado e a Justiça reverteu a decisão que, até então, era pró-Carlito. A sessão que anulou as contas aconteceu em fevereiro de 2022.
O desembargador Sandro Jose Neis, que foi o relator da derrubada da anulação da votação, entendeu que não houve violação do direito de ampla defesa, conforme foi a alegação do ex-prefeito.
Carlito foi prefeito de Joinville entre 2009 e 2012. Na ocasião, as contas rejeitadas são referentes ao ano de 2012. A rejeição contou somente com o voto contrário na época, que foi do ex-vereador Wanderlei Monteiro. Ele chegou a pedir mais 14 dias para análise, mas o requerimento foi negado.
“Trata-se de um assunto complexo e técnico. [Com a votação adiada] teríamos um tempo para todo mundo se preparar melhor para, na hora do voto, fazer a melhor escolha”, defendeu o ex-vereador durante a sessão.
Os demais vereadores rejeitaram o pedido de prorrogação. O vereador Neto Petters (Novo) disse que o assunto estava sendo tratado desde o início do ano anterior. Tonezi, presidente da comissão que deu o parecer pela rejeição, também argumentou contra o pedido.
“Demos todo o tempo necessário para que o ex-prefeito Carlito pudesse protocolar suas defesas. Inclusive, durante o procedimento, a comissão entendeu que realizou um ato no qual não permitiu ampla defesa do ex-prefeito. Assim, nós conversamos, entramos e consenso e houve a revogação desse ato para que fosse protocolada a defesa”.
A justificativa da Comissão de Finanças foi de que a análise pela rejeição das contas do último ano do governo Carlito aconteceu com base em um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
À reportagem de O Município Joinville, a defesa de Carlito afirma que vai recorrer do acórdão. A decisão não foi comentada.