Nudismo: vereador propõe o fim da prática na praia do Pinho em Balneário Camboriú
Ele alega que espaço não segue mais os princípios do naturismo
Ele alega que espaço não segue mais os princípios do naturismo
Considerada a primeira praia de naturismo do Brasil, pela Prefeitura de Balneário Camboriú, a praia do Pinho pode deixar de ser destinada para a prática. O motivo é um projeto de lei, proposto pelo vereador Anderson Santos (Podemos), que alega que o espaço não segue mais as propostas do naturismo.
Conforme o vereador, o local tem se tornado promíscuo. “A Praia do Pinho vem se tornando cada vez mais um ambiente de promiscuidade exacerbada, sexo explícito, uso de drogas ilícitas e grandes acúmulos de resíduos sólidos (recicláveis, não recicláveis e muitos rejeitos), o que acabou por desconfigurar aqueles princípios basilares de uma praia de naturismo”, diz em publicação nas redes sociais.
Para fundamentar o projeto, Anderson traz recortes de matérias e de avaliações do lugar em um site de turismo. São trechos com títulos como “Naturistas denunciam orgias na praia do Pinho”, “Praia de Taradismo”, “Reduto de tarados” e “Não é só nudismo”.
O vereador também justifica que com a proibição da prática a praia pode se tornar elegível para o credenciamento Bandeira Azul, que é reconhecido mundialmente.
Apesar da proposta, ele também ressalta no projeto que a alteração não seria necessária se houvesse fiscalização eficiente na praia do Pinho. “Ressalta-se, que se este local estivesse tendo o turismo que se espera, com cumprimento rigoroso de seus regramentos e uma fiscalização eficiente, não haveria a necessidade de pensar em alterar sua característica “desnudificando-a”, porém a realidade exige um novo tratamento”, argumenta no projeto de lei.
O projeto de lei foi protocolado no dia 15 de julho, mas pode demorar meses para ser discutido. A proposta feita pelo vereador altera o Plano Diretor da cidade, documento que passa por avaliação e discussão pública.
Além disso, o documento vem passando por renovação e avaliação. Atualmente o município de Balneário Camboriú ainda está executando um processo de licitação para contratar a empresa que irá formatar o Plano Diretor.
Conforme a Associação Amigos da Praia do Pinho (AAPP), a prática do naturismo surgiu no local no ano de 1983 e ganhou destaque após uma notícia divulgada em veículo de alcance nacional da época. Em 1986 a AAPP foi fundada e foi quem implantou um código de ética para fiscalizar as atitudes dos frequentadores.
A intenção dos membros da associação era de estabelecer uma área de uso comum aos adeptos do naturismo. A AAPP atuou na fiscalização do local até 2005, mas após a data os diretores decidiram manter somente as atividades de um estabelecimento privado.
Entre as avaliações feitas sobre o local estão diversas denúncias de práticas sexuais. Em janeiro deste ano, uma turista do estado de São Paulo relatou sua experiência no local e alertou que houve um incidente de segurança grave.
No relato ela comentou sobre a beleza da praia, mas também como ficou decepcionada pelas atitudes dos frequentadores. “A praia é linda, porém nada familiar. Andei um pouco e resolvi parar para tomar um sol deitei de frente por alguns minutos e quando me virei de bruços tinha um cara se masturbando sentado na pedra e me olhando. […] Decepção!”, declara.
A mesma turista menciona outra praia de naturismo localizada no estado da Paraíba e ressaltou a diferença entre os locais. “Pensei que fosse como a praia de Tambaba na PB que é bem familiar mas não tem nada a ver. Fui embora rapidamente, na portaria perguntei pro cara e ele disse, moça não temos controle e realmente a situação quase que diariamente é assim”, contou.
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