Números de furtos e roubos diminuem em Joinville, segundo Polícia Militar

Comandantes dos 8° e 17° batalhões da PM do município comentam sobre a redução dos crimes

Números de furtos e roubos diminuem em Joinville, segundo Polícia Militar

Comandantes dos 8° e 17° batalhões da PM do município comentam sobre a redução dos crimes

Redação O Município Joinville

Em um ano, os números de furtos e roubos registrados em Joinville diminuíram em todas as regiões do município, de acordo com dados da Polícia Militar. Os período avaliado foi de maio de 2020 a maio de 2021.

Joinville é dividida entre dois batalhões da Polícia Militar: o 8°, localizado na região Norte, que tem sob sua responsabilidade 24 bairros da cidade e os municípios de Garuva e Itapoá; e o 17°, localizado na região Sul, que tem sob sua responsabilidade 19 bairros da cidade e os municípios de Barra Velha e São João do Itaperiú.

De acordo com comandante do 8° BPM, Celso Mlanarczyki Júnior, tanto na região central quanto em outros bairros guarnecidos por seu batalhão houve queda no número de furtos e roubos.

Comandante Celso, 8° BPM/O Município Joinville

Conforme os registros, houve a redução de 41% em ocorrências de furto, 37% de roubos a veículo, 47% a menos de roubos a residências, 44% a menos de roubo a comércio e 70% de redução de roubos a pessoa.

O comandante André Luiz Adams, do 17° BPM, reforça a diferença entre furto e roubo (sendo furto quando há subtração de algum bem sem emprego de violência e roubo subtração de algum bem com emprego de grave ameaça e violência) e também mostrou que os índices relacionados a este crime diminuíram na sua região.

Comandante Adams, 17° BPM/O Município Joinville

Os furtos, conforme Adams, diminuíram em 60%, já os roubos, em cerca de 7%. “Vamos trabalhar para reduzir ainda mais”, garante o comandante do 17° BPM.

Mesmo com números em queda, diz o comandante Celso, a “sensação de intranquilidade” da população pode ser explicada pelo acúmulo de crimes em uma determinada semana.

“Vou dar um exemplo hipotético: se eu tenho 40 furtos em um mês, dez em cada semana. Mas digamos que, às vezes, acontece de ter três semanas sem ter furto, mas na última semana tenho 25 furtos, que assustam a pessoa. Mas 25 é menos que 40. Então, por vezes, a concentração e a localização de determinados delitos gera o sentimento de intranquilidade, a pessoa acha que está aumentando o percentual, mas na verdade está reduzindo os índices”, explica o tenente-coronel.

Outros indíces

Os registros de homicídios também tiveram queda na cidade, durante o período analisado. Na área do 8° batalhão, a redução foi de 31%, já na área do 17°, de 35%.

Além disso, 154 veículos foram recuperados, 83 armas foram apreendidas e 248 ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas, não relacionadas ao consumo de entorpecentes, foram geradas na região do 8° Batalhão.

Na zona Sul, houve redução de 50% em tentativas de homicídios. Só entre os meses de abril e maio, dois veículos com registro de furto/roubo foram apreendidos, 47 termos circunstanciados foram lavrados pela posse de entorpecentes e 44 autos de infração por recusa ao teste do bafômetro.

O tenente-coronel Adams afirma que seu batalhão possui uma equipe de operações focada no trânsito. Sua principal função tem sido a realização de blitzes e barreiras.

As equipes também atuam em rondas em comércio, denúncias de aglomeração e prestam apoio para fiscais da prefeitura durante fiscalizações relacionadas à Covid-19, festas clandestinas ou em denúncias de perturbação do sossego.

O comandante destaca o trabalho e afirma ser fundamental para a redução dos índices criminais, já que, segundo ele, “o crime passa pelo trânsito”.

“O foco principal dessas operações é a localização de veículos com registro de furto ou roubo, foragidos da justiça, localização de armas e drogas. O nosso foco não é a quantidade de multas, é fiscalizar. A multa é uma consequência. Quem estiver eventualmente com algum tipo de irregularidade vai ter que sofrer as sanções cabíveis”, pontua.

Levantamento estatístico

O tenente-coronel Celso explica que a Polícia Militar atua com base em um levantamento estatístico capaz de mapear demandas específicas de diferentes períodos de tempo.

O controle desses números é feito diariamente a fim de verificar se algo está fora da normalidade. E, através desses números, se necessário, a PM planeja suas operações.

“Se tem um índice que está despontando em um quesito, tentamos combater, aí nós planejamos operação. É assim que fazemos a redução dos índices, e dá certo, porque temos reduzido cada vez mais”, defende.

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