Operação Motorista Fantasma apura crimes de infrações de trânsito em São Bento do Sul
Mesmo morto há um ano, motorista tinha mais de 130 pontos na CNH nos últimos 12 meses
A operação “Motorista Fantasma” apontou que um homem, que morreu há um ano, tinha mais de 130 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) contabilizados nos últimos 12 meses.
Nesta quinta-feira, 14, a Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de São Bento do Sul, deflagrou a operação para investigação de crimes relacionados à indicação falsa de condutores em autuações de trânsito e outros crimes relacionados.
Mediante cruzamento de dados internos, a Polícia Civil verificou possíveis irregularidades em processos de defesas de trânsito realizadas por pessoas que oferecem serviços de assessoria na área de recursos administrativos de multas de trânsito.
Motorista fantasma
Após a abertura de inquérito policial, a investigação identificou um prontuário de um motorista que havia sido indicado como suposto condutor em diversas infrações de trânsito, e estava acumulando centenas de pontos em na CNH, sendo que apenas nos últimos 12 meses, foram gerados mais de 130 pontos no prontuário do motorista indicado.
Ocorre que o suposto motorista, na verdade, trata-se de um rapaz que faleceu há aproximadamente um ano, e cujos documentos estavam sendo utilizados de forma fraudulenta para burlar o sistema de pontuação decorrente das infrações.
Segundo depoimentos colhidos, a empresa cobrava pelo menos metade do valor da multa para prestar os serviços de assessoria. Todavia, há indícios de que parte do trabalho envolvia práticas ilícitas, especialmente de falsidade de documento, falsidade ideológica, uso de documento falso, entre outros.
Apreensões
Durante as buscas realizadas nesta quinta-feira, a Polícia Civil apreendeu diversos documentos que irão contribuir para o aprofundamento da investigação e para a correta identificação dos responsáveis pelas condutas criminosas.
O inquérito policial apura também se houve a participação dos proprietários dos veículos para a prática dos crimes investigados, já que em algumas ocasiões a indicação de condutor recaiu sobre pessoas que eram completamente desconhecidas dos donos dos automóveis.
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