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Oportunidades de negócio: pesquisa aponta demandas dos bairros de Joinville

Levantamento do Sebrae mostra locais com escassez na oferta de comércio e serviços, apresenta tendências de consumo e traça o perfil do consumidor

Um levantamento inédito realizado pelo Sebrae-SC, por meio do Observatório de Negócios, traçou um retrato aprofundado dos hábitos de consumo e do perfil do consumidor de Joinville. O estudo apresenta, entre diversos pontos, quais as demandas dos moradores dos bairros da cidade em relação a comércio e serviços.

“É a primeira vez que temos um levantamento tão completo e detalhado sobre os hábitos de consumo da população de Joinville. Essa base de dados nos permite enxergar o município com uma nova perspectiva”, afirma Jaime Dias, gerente regional do Sebrae-SC na região Norte.

A pesquisa foi realizada com 800 pessoas com mais de 16 anos, por meio de entrevistas presenciais em todas as regiões do município. O trabalho faz parte do projeto “Retrato do Consumidor Catarinense”, que também contemplou as cidades de Florianópolis, Blumenau, Criciúma e Chapecó, com margem de erro entre 3,5% e 4%.

“A nossa intenção, com o estudo, é fornecer dados confiáveis para fortalecer a cultura de tomadas de decisões entre os empreendedores catarinenses”, afirma Roberto Philippi Fullgraf, gerente de Gestão Estratégica do Sebrae-SC.

Setores com potencial de crescimento

O estudo identificou segmentos com demanda reprimida em Joinville. Entre os principais, destacam-se:

  • Supermercados: principalmente nos bairros Jardim Paraíso, Centro, Aventureiro e Itaum.
    Lojas de roupas: com necessidade apontada no Paranaguamirim e Vila Nova;
  • Padarias, cafeterias e farmácias: carência percebida no Centro, Fátima e Jardim Paraíso.
    Bares e restaurantes: com maior demanda na região central;
  • No setor de serviços, há oportunidades para abertura de agências bancárias, lotéricas, costureiras e assistência técnica, com destaque para bairros como Boehmerwaldt, Nova Brasília e Paranaguamirim.

Hábitos de compra e consumo do joinvilense

A pesquisa mostra que os joinvilenses consideram em média pelo menos quatro fatores na hora da compra, priorizam a qualidade do atendimento (84%) e do produto (62%). Fatores econômicos também pesam na decisão: preço (77%), descontos (56%) e promoções (50%) são destacados pelos consumidores. O Pix lidera entre os meios de pagamento, sendo utilizado por 58% dos entrevistados.

O consumo online está consolidado: 73% dos consumidores afirmam já ter comprado pela internet, sendo que 40% fazem isso ao menos uma vez por mês. A menor adesão ocorre entre pessoas com mais de 60 anos e nas classes D e E.

“Com esse arsenal de informações, os empreendedores – do micro aos grandes – têm melhores condições de avaliar cenários para definir estratégias de investimento, seja no próprio negócio ou em potenciais novos empreendimentos, com maiores chances de sucesso”, afirma Cláudio Ferreira, coordenador do Observatório de Negócios do Sebrae/SC.

Consumo

Segundo os dados, o valor médio de gasto mensal dos consumidores joinvilenses varia em diferentes segmentos:

    • Alimentos e bebidas: R$ 965,71 por domicílio;
    • Moda e vestuário: R$ 306,69 por pessoa;
    • Restaurantes e lanchonetes: R$ 304,61 por pessoa;
    • Higiene, cosméticos e perfumaria: R$ 212,51 por pessoa;
    • Medicamentos: R$ 178,89 por pessoa.

Metodologia e aplicabilidade

O levantamento foi estruturado a partir de cinco grandes eixos:

  • Perfil do consumidor – gênero, idade, escolaridade, renda, ocupação, hábitos bancários, residência e lazer;
  • Comportamento de consumo – frequência de compras, canais utilizados, formas de pagamento, valores médios e critérios de decisão;
  • Tendências – uso de moedas digitais, crescimento do e-commerce e valorização de empresas locais com políticas de sustentabilidade, inclusão e diversidade;
  • Hábitos de consumo por segmento – moda, alimentação, bares e restaurantes, higiene e saúde;
  • Escassez de comércio e serviços – identificação de carências específicas por região.

Além dos dados gerais, a base da pesquisa permite diversos recortes — por faixa etária, classe social, gênero ou escolaridade — o que possibilita uma análise segmentada do mercado. Essas informações são essenciais para que empreendedores e gestores públicos desenvolvam estratégias mais eficientes de planejamento, marketing e desenvolvimento econômico.

O levantamento completo foi disponibilizado pelo Sebrae.

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