Organização criminosa de Joinville acusada de assaltar caixas eletrônicos é condenada pela Justiça
Sentença dos quatro condenados somam mais de 54 anos
Quatro integrantes de uma organização criminosa de Joinville foram condenados à prisão pelo crime de furto à caixas eletrônicos. Penas somam mais de 54 anos em regime fechado. Homens realizavam as ações em cidades do interior do estado e foram condenados na Comarca de Fraiburgo
O grupo foi acusado pelo Ministério Público (MP-SC) por furto em Monte Carlo e Vargem e de duas tentativas mal sucedidas no município de Abdon Batista, todos realizados entre maio e julho de 2020.
A ação penal apresentada pelo promotor de Justiça Eliatar Silva Junior tem por base as provas colhidas por investigação feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Foi apurado que os quatro acusados faziam parte da organização criminosa, originada em Joinville. Eles tiveram as funções bem definidas nos furtos praticados em agências de cooperativa de crédito nos municípios de Monte Carlo e Vargem, afirma o MP-SC.
Um dos integrante agia na frente, armado com uma espingarda calibre 12, virava as câmeras de segurança externas e fazia a cobertura para os demais. Em seguida, outro homem arrombava as portas da agência e inutilizava o alarme e as câmeras internas. O terceiro deles, abria os caixas eletrônicos com um maçarico com a ajuda do quarto acusado, que também era o responsável pela coordenação do grupo. Assim, o grupo levou cerca de R$ 100 mil da agência de Monte Carlo e R$ 35 mil da agência de Vargem.
Já em Abdon Batista, os criminosos não tiveram sucesso. Primeiro, tentaram furtar o caixa eletrônico de uma agência bancária. Como não conseguiram abrir a máquina, atravessaram a rua e tentaram fazer o mesmo na agência de uma cooperativa de crédito. Porém, o alarme disparou e eles precisaram fugir. Durante a fuga, ainda dispararam contra uma guarnição da Polícia Militar que tentou abordá-los.
Conforme sustentado pelo Ministério Público, os quatro denunciados foram condenados pelos crimes de organização criminosa e pelos furtos realizados em Monte Carlo e Vargem.
As condenações dos quatro acusados somam mais de 54 anos de prisão. Um deles foi condenado a nove anos e 11 meses de reclusão, em regime inicial fechado. Outros dois, condenados ainda pelas duas tentativas de furto em Abdon Batista, foram penalizados, a 12 anos e dois meses e, o outro, a 14 anos e sete meses de prisão, ambos em regime inicial fechado.
Por fim, um deles recebeu a pena mais pesada, pois, além dos crimes de organização criminosa, furto e tentativa de furto, contra ele pesaram também o porte ilegal de arma de fogo nos fatos ocorridos em Monte Carlo e Vargem. Ele recebeu a pena de 18 anos e nove anos de reclusão, também em regime inicial fechado.
A sentença manteve a prisão preventiva dos quatro condenados, decretadas na fase de investigação a pedido do Ministério Público. Dessa forma eles não terão direito de recorrer da decisão em liberdade.
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