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Paciente dorme no chão de hospital e família reclama de falta de estrutura em Joinville

Secretaria de Estado da Saúde fala que local está com superlotação

Um paciente que aguarda uma cirurgia dormiu três noites no chão do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville. Segundo a família, a equipe alegava que não havia maca ou cama disponível.

Daniela Adelaide, conta que o irmão, Rafael, de 38 anos, está no hospital desde a última terça-feira, 26. Durante o dia ele ficava em uma cadeira, mas à noite, dormia no chão. “Situação humilhante”, desabafa a irmã.

Procurada pela reportagem do jornal O Município Joinville, a Secretaria de Estado da Saúde respondeu que a situação ocorreu por conta do aumento no número de atendimentos no pronto-socorro da instituição, “o que acarreta em um maior tempo de espera para atendimento e alocação nos leitos devido à superlotação hospitalar”.

Arquivo Pessoal/Divulgação

Necessidade de cirurgia

No último domingo, 24, Rafael passou mal e foi levado a um hospital da cidade. Na madrugada desta segunda-feira, 25, foi liberado, porém como continuou passando mal durante o dia, com fortes dores, a família o levou para o PA Norte. “Foi muito bem atendido no PA”, diz a irmã.

Lá, ele foi diagnosticado com pancreatite. Como talvez precisaria de cirurgia, ficou internado na observação aguardando transferência para o hospital. Na terça-feira, 26, foi transferido ao Hospital Regional.

Daniela conta que a família ficou surpresa com a situação, porque por se tratar de uma transferência e do estado de saúde dele, imaginaram que ele ficaria internado em um quarto. Ela reforça que a reclamação não é sobre o tratamento, mas sim sobre a falta de estrutura. “É desumano”, comenta. “Não está dormindo direito. É uma situação bem constrangedora”, complementa.

À reportagem, a secretaria afirmou que o hospital disponibilizou uma poltrona ao paciente, mas que ele “optava por deitar-se no chão” durante a noite. Segundo a pasta, o paciente foi acomodado em um leito nesta sexta-feira.

A mãe dele, Helena Gregório, confirmou que o filho conseguiu o leito. “Mas a denúncia permanece, aos que continuam pelo chão”, afirma a mulher.

A cirurgia de Rafael estava marcada para esta sexta-feira, 29. Porém, segundo a família, foi desmarcada por conta do pâncreas ainda estar muito inflamado.

Confira a nota da secretaria na íntegra

“Informamos que desde quinta-feira, 28, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, observou um aumento no número de atendimentos no Pronto Socorro da instituição, o que acarreta em um maior tempo de espera para atendimento e alocação nos leitos devido à superlotação hospitalar.

Esclarecemos que uma poltrona havia sido disponibilizada ao paciente durante seu atendimento dentro do Pronto Socorro, porém, no período noturno, o mesmo optava por deitar-se no chão. Ressaltamos que o paciente já está acomodado em um leito, no setor destinado para sua especialidade.

O HRHDS está fazendo o possível para normalizar a situação na Unidade o quanto antes. Pedimos a colaboração da população para que procurem o hospital apenas em casos graves. Casos pouco urgentes ou de baixa complexidade podem ser atendidos em outras portas de atendimento, como Pronto Atendimentos e Unidades Básicas de Saúde.”


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