Panificadora faz ação de solidariedade: “pão para quem não pode pagar”
Ação teve inicio durante a quarentena contra o coronavírus, mas deve continuar mesmo após quando a economia for normalizada
Ação teve inicio durante a quarentena contra o coronavírus, mas deve continuar mesmo após quando a economia for normalizada
O isolamento social começou há 23 dias. Comércios precisaram fechar, indústrias diminuíram o ritmo de produção, o transporte público foi suspenso, tudo isso como medida de prevenção ao contágio do coronavírus. Apenas serviços considerados essenciais puderam continuar funcionando, como padarias, mercados, agropecuárias e farmácias.
Neste contexto, as dificuldades financeiras podem crescer, as vendas dos autônomos caem, alguns trabalhadores podem ter salários reduzidos, além do estresse e da preocupação. Ainda assim, mesmo nos cenários difíceis, há quem possa e queira ajudar. Esse é o caso de uma panificadora de Jaraguá do Sul, localizada na rua Marechal Deodoro.
Uma mesa com pães e doces foi colocada na calçada lateral do estabelecimento, com a mensagem: “pão para quem não pode pagar.”
A ação surgiu inspirada em outros estabelecimentos que também estavam fazendo ações de solidariedade. “A gente não pode se omitir numa hora dessas”, afirma o dono do comércio, que preferiu não se identificar.
Algumas pessoas já puderam se beneficiar da ação, mas ele espera que outros mais também possam ir até o local. “Achei até que ia aparecer mais gente”, diz.
Quando há a possibilidade de conversar com as pessoas que estão indo até a mesa, outros produtos são doados. “Se for o caso, dependendo da situação da pessoa, às vezes a família é maior, nós estamos abertos para ajudar”, explica o dono da panificadora.
Porém, não é só neste contexto de coronavírus que há famílias carentes. A ação não tem “prazo de validade”, como diz o dono. Mesmo quando a economia se normalizar, conta, as doações devem continuar.