Partidos políticos e outras entidades se manifestam após vereadora ser ameaçada de morte em Joinville

Ana Lúcia (PT) sofreu ataques racistas e foi ameaçada de morte nas redes sociais

Partidos políticos e outras entidades se manifestam após vereadora ser ameaçada de morte em Joinville

Ana Lúcia (PT) sofreu ataques racistas e foi ameaçada de morte nas redes sociais

Lucas Koehler

Diversos partidos políticos, sindicatos, associações de moradores e entidades se manifestaram, nesta quarta-feira, 18, em apoio à vereadora Ana Lúcia (PT), que foi alvo de ataques racistas e ameaças de morte nas redes sociais.

O Partido dos Trabalhadores (PT) de Joinville afirmou, por meio de nota, que “repudia e denuncia as ameaças de morte e tentativa de intimidação motivadas por racismo contra a companheira Ana Lúcia Martins, recém-eleita vereadora, a primeira mulher negra na história de Joinville”.

E complementou dizendo que “reivindicamos proteção efetiva à Ana Lúcia por parte das autoridades de segurança pública do estado, para garantia da integridade física de nossa companheira”.

O Centro de Direitos Humanos (CDH) Maria da Graça Bráz pediu punição aos responsável e proteção à vida de Ana Lúcia.

Leia também: Movimento Negro marca manifestação em apoio a vereadora ameaçada de morte em Joinville

Francisco de Assis, que disputou a Prefeitura de Joinville nestas eleições pelo PT, também se manifestou em defesa da companheira de partido. “Todo apoio e solidariedade à companheira, a primeira mulher negra eleita vereadora na história de Joinville. Denunciamos e exigimos que as autoridades atuem de maneira rápida no intuito de descobrir e responsabilizar os autores das ameaças que Aninha têm sofrido”, publicou no Twitter.

Cristóvão Petry, segundo mais votado entre os candidatos a vereadores pelo PT de Joinville, disse estar indignado com o fato. “Meu repúdio a este tipo de ação. E ao mesmo tempo me solidarizar à Ana Lucia Martins, que representa a mulher negra. Que os responsáveis sejam identificados e respondam pelos seus crimes”, ressaltou.

O Sinsej também lamentou o caso. Em nota, o sindicato disse que “Ana Lucia é servidora pública aposentada da rede municipal, conselheira eleita por local de trabalho no Sinsej”.

E que “a direção do sindicato se coloca desde já ao lado de Ana Lúcia, assim como vai continuar ao seu lado, durante seu mandato por conta de sua história e de suas propostas em defesa da categoria, dos serviços públicos e do povo trabalhador”.

Outra entidade a se manifestar foi o curso de Jornalismo da Faculdade Ielusc de Joinville. Em nota, assinada em conjunto com o estudantes da disciplina “Opção Decolonial – Modernidade, Mídia e Crítica”, disseram que “seguiremos juntos em busca de uma sociedade mais humana e trabalharemos para que o jornalismo seja exercido com ética e responsabilidade”.

A Associação de Moradores e Amigos do Bairro Itinga (Amorabi) afirmou, por nota, que “não toleramos e combatemos o racismo e a violência contra a mulher. Uma vereadora democraticamente eleita deve ter sua integridade física e moral protegida”.

O PSOL de Joinville comparou os ataques à vereadora com o assassinato de Marielle Franco, morta em 2018, quando cumpria mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

“Não esqueçamos que Marielle Franco, vereadora do PSOL eleita no Rio de Janeiro, também foi vítima de um assassinato político há dois anos”, diz a nota.

Adriano Silva que concorre no segundo turno das eleições pelo Novo, também publicou uma nota de repúdio em favor da vereadora. “Tem gente que pode achar um absurdo eu me posicionar sobre isso, pelo fato de Ana Lucia ser do PT, partido que é o oposto do Novo. Mas eu penso que as nossas diferenças ideológicas não podem, nunca, nos impedir de reprimir a violência”, afirma o candidato.

Darci de Matos (PSD), que também disputa o segundo turno para Prefeito de Joinville, foi outra pessoa a se solidarizar e demonstrar apoio à vereadora.

Também do partido Novo, Alisson Julio, que foi o candidato a vereador mais votado nestas eleições, prestou solidariedade a Ana Lúcia. No Twitter, Alisson cita que ameaças e racismos são crimes que devem ser punidos.


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