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“Pelo menos 1% ele paga pelo o que fez”, diz irmã de Gabriella após julgamento
Andreza Custódio Silva lamentou sentença de 12 anos para Leonardo Martins
A condenação de Leonardo Martins a 12 anos de prisão, nesta terça-feira, 27, em júri popular que durou quase 11 horas, não deixou satisfeita a família de Gabriella Custódio Silva, morta em julho do ano passado em Joinville.
“A Gabi não volta mais. O que posso dizer? 12 anos, a pessoa não fica lá 12 anos, sabemos muito bem disso. Logo ele está aí de volta a vida normal dele. Mas a gente acredita que 1%, pelo menos, acho que ele paga pelo o que fez a ela”, declarou a irmã Andreza na saída do Tribunal do Júri.
Os parentes da jovem esperavam pena máxima para o ex-namorado da vítima e lamentaram o afastamento da tese de feminicídio. Mas, segundo a irmã, “pelo menos ele não saiu pela porta da frente.”
“Sinto nojo”
Andreza elogiou muito o trabalho do delegado Elieser José Bertinotti, que foi ouvido pelos jurados, do promotor Ricardo Paladino e do juiz Gustavo Henrique Aracheski, que presidiu a sessão.
“A gente acredita que eles fizeram o que conseguiram”, comenta Andrezza, que ainda disse lamentar não haver prisão perpétua no país.
Sobre ter reencontrado o réu, ela afirmou sentir nojo e um pouco de medo. “Sinto nojo de ver a cara dele, de que tentaram pintar ele como bonzinho, anjinho, ou como o advogado dele mesmo disse, o ‘bebê chorão’. Poxa, ele tinha 20 anos de idade, já está bem grandinho. Sabe bem o que faz”, finaliza.