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“Perseguição política”: defesa do vereador Mauricinho Soares se manifesta após prisão em Joinville

Parlamentar também afirma absoluta inocência sobre acusações de participar de esquema criminoso no Detran

Após Mauricinho Soares (MDB) ter sido preso preventivamente na segunda fase da operação Profusão na última sexta-feira, 8, a defesa do vereador se manifestou sobre as acusações de ele participar de um esquema criminoso que retirava a suspensão de carteiras de habilitação de condutores no Detran.

Segundo nota enviada à reportagem do jornal O Município Joinville nesta terça-feira, 12, pelo advogado Julio Cesar Vargas, que defende o vereador, Mauricinho nega que praticou qualquer crime e afirma da sua “absoluta inocência”.

A defesa diz que o vereador é alvo de “perseguição política”, antes mesmo da instauração do processo legal. O advogado fala que Mauricinho vai exercer seu direito de defesa, tanto na esfera processual penal quanto na esfera administrativa junto a Câmara de Vereadores de Joinville.

Além disso, diz que se colocou à disposição das autoridades policiais e que tem colaborado com a apuração dos fatos.

Possível cassação

Nesta segunda-feira, 11, a Câmara de Vereadores de Joinville aceitou por unanimidade no plenário o pedido de abertura de uma comissão processante contra o vereador Mauricinho Soares.

O pedido foi levado aos demais vereadores pelo presidente da Câmara, Diego Machado (PSDB). Segundo ele, a decisão de abrir o pedido começou a ser discutida ainda na sexta-feira e se concluiu nesta segunda-feira, após uma reunião com assessoria jurídica da Câmara, mesa diretora e membros da comissão de ética, que também vai apurar se Mauricinho Soares feriu o código de ética e decoro ao ser flagrado com uma arma sem registro.

Com a aprovação, foram sorteados três parlamentar para compor a comissão processante. São eles: Cleiton Profeta (PL), Kiko do Restaurante (PSD) e Cassiano Ucker (União).

O grupo terá 90 dias corridos para tomar uma decisão, que será submetida posteriormente ao plenário.

“Papel de Intermediador”

A Polícia Civil divulgou mais detalhes sobre a segunda fase da operação Profusão em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira, 11.

Segundo o delegado regional de Joinville, Rafaello Ross, a segunda fase foi realizada em um curto período após a primeira fase devido à celeridade do trabalho de análise da Polícia Científica. A primeira fase aconteceu no dia 30 de novembro e a segunda nesta sexta-feira, 8.

Com os materiais analisados, a polícia conseguiu comprovar de forma mais contundente a participação do vereador no esquema de fraudes no sistema do Detran. Conforme a Polícia Civil, devido à sua atuação política, o vereador usava a sua influência para cooptar pessoas para se beneficiarem do esquema fraudulento.

Primeira prisão

No dia 30 de novembro, o vereador Mauricinho Soares (MDB) havia sido preso pela Polícia Civil. Segundo a polícia, ele foi preso por posse ilegal de arma de fogo e iria responder por crimes de falsidade ideológica e organização criminosa. Na ocasião, ele foi solto após pagamento de fiança.

Confira a nota enviada pela defesa do vereador na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

A defesa do vereador o Sr. MAURICIO SOARES, que esta tendo seu
nome vinculado aos canais de imprensa frente a sua prisão, e a abertura de um
processo disciplinar pela comissão pela Câmara de Vereadores de Joinville, onde seu
nome está sendo vinculado a um ato criminoso, vem a público esclarecer que o
defendido não praticou os atos a ele imputados afirmando sua absoluta inocência.

Afirmo que o Sr. MAURICIO SOARES, por sua defesa, que desde o
ocorrido se colocou imediatamente à disposição das autoridades policiais, e tem
colaborado com a apuração da verdade, solicitando as diligências necessárias a
elucidação dos fatos e consequente busca pela justiça.

A defesa do Sr. MAURICIO SOARES esclarece que seu cliente, não
cometeu os crimes a ele imputados, e está sendo alvo de perseguição politica, sem
que já se tenha sequer sido insaturado o devido processo legal, onde então exercerá
seu amplo direito de defesa, seja na esfera processual penal, quanto na esfera
administrativa junto a Câmara de Vereadores de Joinville.

E ainda de esclarecer é tornar pública a imensa tristeza de seu cliente e
de seus familiares, ao verem sua imagem concluídas as investigações para o
esclarecimento das caluniosas acusações que lhe foram imputadas, contrariando a
ordem constitucional que garante a todos a presunção de inocência até qualquer prova
em contrário, ressaltando, que qualquer exceção a essa regra além de covarde, é um
massacre público e um desserviço à sociedade.

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