Pesquisa aponta que Joinville pode ter artefatos raros de sambaquis conservados
Local tem registros de vida humana há 3 mil anos
Local tem registros de vida humana há 3 mil anos
O projeto “Resgate parcial do Sambaqui Cubatão I”, realizado Sambaqui Cubatão I, sítio arqueológico localizado na rua Estrada Cubatão Grande, em Joinville, encontrou artefatos vegetais que podem colocar o local como um dos únicos a ter os materiais no Brasil e até no mundo.
As estacas de madeiras estão em partes elevadas e no solo do sítio. Os objetivos e o período das construções ainda serão analisados e investigados por pesquisadoras e voluntários da iniciativa.
De acordo com Fernanda Borba, arqueóloga do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ) e uma das integrantes da pesquisa, a conservação deste tipo de objeto é raro. “Neste sítio, pela maré subir e descer, foi possível conservar objetos de madeira”, explica.
Iniciada em 1º de fevereiro, a pesquisa de campo já encontrou outros artefatos, como os de fauna, ossos humanos e fibras trançadas. A iniciativa ainda pretende descobrir se há novidades no local. “Não vamos restringir apenas a parte elevada, onde tem sepultamentos”, comenta.
Na semana que vem, um maquinário deve fazer poços para investigar se há mais materiais por baixo do solo, no qual ainda não foi pesquisado. A pesquisa de campo será realizada até abril, porém, a curadoria e análise dos objetos, promovidos no MASJ, devem durar de um a dois anos.
O Sambaqui Cubatão I tem cerca de 8 metros de altura e uma extensão de aproximadamente 5.600m². Segundo pesquisas do MASJ, seres humanos habitaram a região há 3 mil anos, sendo um dos mais antigos de Joinville.
Já o projeto Resgate parcial do Sambaqui Cubatão I é financiado pelo Ministério Público, a partir de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a empresa FRIGG S.A, firmado entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a Associação dos Amigos do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (Aamasj).
A iniciativa conta com apoio da Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, que cedeu servidores para o estudo.
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