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PM vai instaurar inquérito para apurar tiro disparado contra cachorro em Joinville

De acordo com a polícia, disparo foi último recurso utilizado para deter ataque do animal

A Polícia Militar de Joinville vai instaurar um inquérito para apurar os fatos ocorridos no último sábado, 8, quando um cachorro foi baleado por um policial durante operação na zona Sul de Joinville. A informação foi confirmada pelo comandante do 17° Batalhão da PM, Roberto Bilinstk Grams.

A PM alega que o disparo contra o animal foi utilizado como último recurso para deter o ataque e a ação é prevista no procedimento padrão operacional, já que, por diversas vezes, a guarnição teria tentado deter o cão, de porte médio, “através de gestos com as mãos, pés e pedras, sendo que não foi possível conter o animal com os recursos aplicados”.

Ainda conforme a polícia, o animal estava solto em via pública e a tutora ouviu os latidos altos e os policiais brigando com o cão, mas não teve nenhuma reação.

A ocorrência

Na tarde de sábado, por volta das 16h30, uma guarnição da Polícia Militar se deslocou ao bairro Paranaguamirim para atender a uma ocorrência de violência doméstica. Um homem, usuário de drogas, de acordo com a polícia, agrediu sua irmã com socos e chutes na barriga.

Quando a polícia chegou, o suspeito, que já agrediu a mulher outras vezes, fugiu do local. Os policiais começaram a realizar buscar pela região para encontrar o suspeito, quando, de acordo com relato dos policiais, a guarnição foi atacada pelo cachorro.

A Polícia Militar alega que o fato foi testemunhado por uma pessoa, a qual se prontificou a ser qualificado como testemunha, pois acompanhou todo o ataque do animal à guarnição, e relatou que estava no portão de sua casa quando viu o cachorro solto em via pública atacando os agentes. Além disso, de acordo com a testemunha, o animal sempre fica solto e já atacou diversas pessoas.

A PM afirma que, após o disparo, prestou os primeiros socorros ao animal e entrou em contato com a Central de Emergência para verificar atendimento com órgãos competentes, mas não obtiveram êxito e o animal ficou aos cuidados da proprietária.

Frada alega covardia

Em publicação feita em sua página do Facebook na tarde de domingo, 9, a Frente de Ação pelos Direitos dos Animais (Frada) de Joinville, alegou que a ação policial se tratou de uma covardia, já que o animal estava preso à corrente.

“O cachorro estava preso na corrente e não oferecia perigo algum, foi maldade pura de um covarde desequilibrado que jamais deveria portar uma arma de fogo”, diz a publicação.

Ainda conforme o órgão de proteção, o policial teria atirado porque se irritou com o latido do animal. A Frada também está solicitando ajuda para pagar os custos do cuidados com o animal, que foi levado a uma clínica veterinária.


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