Polícia Civil afirma que não há indícios de abuso em bebê encontrado morto no Vale do Itajaí
Confira detalhes do caso
Na noite desta terça-feira, 10, a Polícia Civil divulgou uma nota afirmando que não há indícios de violência sexual ou doméstica no bebê encontrado morto em Blumenau, no Vale do Itajaí, na noite de segunda, 9. De acordo com informações preliminares, a causa da morte foi afogamento por asfixia – e não por sufocamento ou esganadura.
As informações foram repassadas pela delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Blumenau, Juliana Cintia de Souza Tridapalli. Ela ressalta que o Conselho Tutelar afirma que não há relatos de maus-tratos na residência, onde há uma outra criança e uma adolescente.
“Ainda não temos os laudos conclusivos, mas o primeiro resultado da autópsia apontou que a criança morreu por engasgamento com líquido, o que converge com o depoimento dos pais de que alimentaram a criança e depois a colocaram para dormir juntamente com a família”, disse a delegada.
“Importante destacar o trabalho minucioso dos peritos que colheram todos os materiais necessários para a realização de todos os laudos possíveis para demonstrar a mecânica e a causa da morte da criança. Mas alguns resultados podem levar até 30 dias para serem concluídos”, explicou.
Pai assumiu relato dado à PM
Ambos os pais confirmaram que o bebê já foi apertado contra o peito pai para “adormecer”. De acordo com eles, o fato teria acontecido uma única vez, há cerca de seis meses. Porém, a mãe a pediatra da família já haviam advertido sobre os perigos.
“A Polícia Civil trabalha em cima de todas as hipóteses possíveis e das provas que tem. Em nenhum momento a Polícia Civil divulgou informações sobre violência sexual ou doméstica, pois não temos nenhum indício dessas situações. Inclusive a família está bastante temerosa e com medo de comparecer no velório da própria filha, em razão do que vem sendo veiculado. Por isso, é importante cautela sobre o que divulgar”, explica a delegada.
Casal foi liberado
Os Policiais Militares que atenderam a ocorrência levaram os envolvidos para a Central de Plantão Policial. No local, os policiais civis ouviram os pais. Porém, o delegado plantonista, Christian Siqueira, não viu motivos para prendê-los em flagrante.
Como não encontraram indícios de crime, o caso foi transferido para a Delegacia Especializada. Antes de liberar o casal, o delegado conversou com o médico perito, que já teria mencionado a ausência de sinais de violência ou crime sexual.
A identidade do bebê ainda não foi divulgada.
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