Polícia Civil/Divulgação
Polícia de Joinville prende duas pessoas em operação contra pesticidas falsos e tóxicos
Ação policial aconteceu nesta sexta-feira
A Polícia Civil de Joinville prendeu duas pessoas na Operação Poison, que investiga a produção e venda de pesticidas falsos e tóxicos. A ação policial ocorreu na manhã desta sexta-feira, 30.
Segundo a Polícia Civil, a operação é realizada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville, em conjunto com a Vigilância Sanitária Municipal, a Polícia Científica e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
A prisão em flagrante dos dois indivíduos aconteceu no bairro Jardim Paraíso, após a expedição de três mandados de busca e apreensão, precedidos de parecer favorável da 20ª Promotoria de Justiça de Joinville.
A investigação começou há aproximadamente um ano, quando foi apresentada na DIC uma amostra de um pesticida vendido como produto natural. Esta amostra foi encaminhada à Polícia Científica, que identificou a presença de metomil em sua composição.
Produto tóxico e fraude
O metomil é um inseticida carbamato, extremamente tóxico para animais e pessoas. Os rótulos das embalagens não mencionam sua presença, e a publicidade voltada à sua venda induz os consumidores a erro e a grave risco de intoxicação, ao afirmar que o produto não faz mal a pessoas ou animais.
Observou-se ainda que os pesticidas comercializados trocam periodicamente de nome e rótulo para dificultar a apreensão.
Descobertas e apreensões
Na residência dos investigados foram encontrados dinheiro em espécie, vários galões de metomil, embalagens e rótulos dos pesticidas. O material apreendido indica que o local era utilizado como uma fábrica clandestina dos produtos.
Além disso, diversos produtos vencidos foram encontrados na residência, com indicativos de que se destinavam à venda.
Prisão e consequências legais
A investigação continua para identificar os fornecedores de metomil e os revendedores do produto. A venda desse pesticida é punida com pena que varia de 3 a 9 anos de prisão.
As prisões em flagrante foram efetuadas pela prática dos crimes de produzir, armazenar, transportar, importar, utilizar e comercializar agrotóxicos, além de violação do Código de Defesa do Consumidor.
Veja imagens da operação:
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