Polícia divulga mais informações sobre segunda prisão de vereador Mauricinho Soares em Joinville

Parlamentar e outra pessoa que também foi presa são investigadas por fraudes no Detran

Polícia divulga mais informações sobre segunda prisão de vereador Mauricinho Soares em Joinville

Parlamentar e outra pessoa que também foi presa são investigadas por fraudes no Detran

Bernardo Gonçalves

A Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Combate à Corrupção (3ª Decor), detalhou a segunda prisão do vereador Mauricinho Soares (MDB) e de mais uma pessoa na noite desta sexta-feira, 8. As prisões aconteceram na 2ª fase da Operação Profusão, que apura um esquema criminoso que retirava a suspensão de carteiras de habilitação de condutores no Detran.

Segundo a delegacia, que teve apoio de policiais da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRP), foram cumpridos os mandados de prisão preventiva após a descoberta de novos elementos que puderam demonstrar de forma ainda mais precisa a atuação do grupo criminoso por meio de crimes de falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa.

As ações, ainda de acordo com a Polícia, em tese, seriam realizadas por agentes públicos em parceria com intermediadores particulares.

O vereador Mauricinho foi preso na área externa da Câmara de Vereadores de Joinville e encaminhado à sede da 3ª Decor para o prosseguimento nos procedimentos de Polícia Judiciária.

Segundo o delegado Rafaello Ross à reportagem do jornal O Município Joinville, a outra pessoa presa atuava de forma particular no setor de multas. Ainda de acordo com Ross, a pessoa já havia trabalhado no Ciretran de Joinville, mas atualmente já estava desvinculada ao órgão.

Agora, a investigação terá prosseguimento também pela 3ª Decor, que segue analisa os materiais apreendidos durante a primeira fase da operação.

Primeira prisão

Na última quinta-feira, 30, o vereador Mauricinho Soares (MDB) havia sido preso pela Polícia Civil. Segundo a polícia, ele foi preso por posse ilegal de arma de fogo e vai responder por crimes de falsidade ideológica e organização criminosa. Na ocasião, ele foi solto após pagamento de fiança.

A operação

A operação Profusão foi realizada na manhã de quinta-feira, 30. Segundo a 3ª Decor — Delegacia Especializada no Combate à Corrupção — foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão e duas ordens de suspensão do exercício de atividade econômica. A operação também teve ações em Araquari.

A investigação visa apurar a suposta prática de falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa. Os crimes teriam sido cometidos por agentes públicos visando beneficiar condutores de veículos penalizados com suspensão do direito de dirigir.

Conforme apurado pela 3ª Decor, os supostos autores dos fatos orquestraram um esquema ilícito que possibilitou a inserção de inúmeras informações falsas nos sistemas do Detran-SC, possibilitando que mais de 100 condutores fossem indevidamente beneficiados com a liberação de penalidades a eles aplicadas.

Dentre os investigados, além de Mauricinho, estão agentes públicos terceirizados do Detran-SC, um despachante e pessoas a ele vinculadas, e um agente ligado a um escritório de advocacia especializado em multas de trânsito.

As buscas foram realizadas nas residências dos investigados e em seus locais de trabalho, tais como um escritório de advocacia, a 2ª Ciretran-Joinville e a Câmara de Vereadores de Joinville. Nos locais, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, especialmente telefones celulares, e documentos relacionados aos fatos sob apuração.

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